Última atualização 10/09/2022 | 14:43
O ex-candidato à presidente da República em 2018, Guilherme Boulos (Psol), que disputa cadeira de deputado federal, foi ameaçado em São Bernardo do Campo, no interior de São Paulo. De acordo com a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, o caso teria ocorrido durante ação de campanha eleitoral na tarde desta sexta-feira, 09. Um homem teria mostrado uma arma para ele, que concorre a deputado federal, e a apoiadores.
“A gente falou: ‘Calma, calma’. Então a nossa turma saiu e ele ficou lá, com a mão na cintura. É lamentável que essa campanha esteja sendo marcada por cenas de violência política. O Bolsonaro estimula isso todos os dias, mas não vamos nos intimidar”, afirmou Boulos.
O homem teria se aproximado do grupo formado por Boulos e outras 30 pessoas em um centro comercial durante uma panfletagem e gritado “Eu sou Bolsonaro”. Após o psolista tentar conversar, o bolsonarista teria levantado a camiseta e exibido o revólver enquanto colocava as mãos no cabo da arma.
Pela Internet, o candidato reprovou o gesto e afirmou que não será intimidado. Ele prometeu solicitar apuração do nome do responsável e ingressar com uma representação no Ministério Público Eleitoral (MPE).
Nesta semana, um bolsonarista matou um colega petista com golpes de facas e um machado e ainda tentado decapitar a vítima. A polícia trata o caso como crime com motivação política. Nos últimos dez dias houve também tiros dentro de igreja e agressões em comícios.
Tramita no Senado um projeto de lei que qualifica os crimes com motivação política. Segundo a proposta, se o homicídio for cometido “por motivo de ideologia, intolerância ou inconformismo político, ou com o objetivo de interferir no processo político eleitoral ou de impedir o livre exercício de mandato eletivo” a pena prevista será de 12 a 30 anos de prisão.