Bolsonarista é preso por planejar atentado contra Lula

Bolsonarista é preso por planejar atentado contra Lula

Um homem foi preso na noite deste sábado, 24, suspeito de organizar um possível atentado próximo ao aeroporto de Brasília. De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (PC-DF), o explosivo estava em um caminhão de combustível. O objeto foi detonado pela Polícia Militar (PM).

 

Ainda segundo a Polícia Civil, o homem é um empresário de 54 anos, do estado do Pará. Ele teria viajado para Brasília para participar das manifestações em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL). 

 

Os investigadores explicaram que após montar a bomba, o suspeito a entregou para uma outra pessoa. Ela ficou responsável por levar o dispositivo até a região do Aeroporto JK.

 

Ao ser preso em um apartamento no Sudoeste, na região Central do Distrito Federal, ele confessou que tinha intenção de detonar a bomba próximo a um poste, para prejudicar a distribuição de energia elétrica. No entanto, de última hora, a decisão acabou sendo de colocar o explosivo apoiado no caminhão de combustível, que estava carregado de querosene de aviação.

Arsenal encontrado na apartamento do empresário bolsonarista (Foto: Reprodução / Polícia Civil)

Segundo a Polícia Militar, o motorista do caminhão-tanque percebeu um objeto estranho no veículo e alertou policiais na área. Ele não soube dizer quem havia deixado o material ali. No entanto, após apurações, os policiais chegaram até o empresário. A responsável por colocar a bomba no veículo também foi identificada, porém até o fechamento deste texto, não tinha sido presa.

 

No apartamento do suspeito, os policiais encontraram um arsenal com pelo menos duas espingardas, um fuzil, dois revólveres, três pistolas, centenas de munições e uniformes camuflados. Além de outras cinco emulsões explosivas.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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