Última atualização 14/10/2022 | 11:20
Bolsonarista interrompe evento do PT em Goiânia para questionar o apoio da vereadora Aava Santiago (PSDB), que é evangélica, ao candidato à presidente Lula (PT). O caso ocorreu nesta quinta-feira, 13. Na ocasião, a mulher disse que um governo “comunista” levaria à perseguição de religiosos.
Infiltrada entre petistas, a apoiadora do presidente Jair Bolsonaro (PL), Kênia Melo, usava um adesivo de apoio ao candidato Lula para não levantar suspeitas. Enquanto a vereadora falava, ele pediu o microfone para fazer uma pergunta. Ao ser passada a palavra para ela, imediatamente, a mulher começou a filmar com o celular.
Em seguida, fez diversos questionamentos à política que respondeu passivamente. Entre as indagações, a participante insinuou que, caso o PT chegasse ao poder, haveria uma perseguição religiosa, como acontece em outros países.
Neste momento, Aava respondeu ressaltando que em outras situações, a mulher não teria oportunidade de falar. “Kênia, eu acho a sua pergunta muito importante. Se fosse em um evento do Bolsonaro você não daria conta, os seguranças já tinham te retirado, mas você está entre democratas e por isso você conseguiu fazer essa pergunta”, disse.
Em seguida, a vereadores recordou que durante os governos petistas não houve perseguição e que, inclusive, muitos representantes religiosos tiveram programas em rádio e televisão de concessões públicas.
“Como a gente pode dizer que o PT persegue as igrejas se foi durante os governos do PT que os principais líderes midiáticos do evangelho montaram impérios? Como a gente pode dizer que o PT persegue as igrejas se foi durante os governos do PT que os evangélicos passaram de 8% da população brasileira para quase 30%?”, acentuou Aava.
Não satisfeita, a bolsonarista interrompeu a fala da vereadora com novas críticas e, em seguida, deixou o evento. Na saída, ao falar com jornalistas, a mulher disse participar de manifestações contra o PT desde 2013.
“Eu defendo meu país e eu não vou permitir que comunistas venham aqui para comunizar meu país”, disse Kênia.