Bolsonaristas bloqueiam mais de 183 rodovias em 22 estados no segundo dia de manifestações

País tem 183 rodovias bloqueadas em 22 estados; 192 manifestações foram desfeitas

O Brasil amanheceu com 271 rodovias bloqueadas nesta terça-feira, 1º, mesmo após o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmar a decisão do ministro Alexandre de Moraes para que a Polícia Rodoviária Federal desobstrua as estradas.  Dados divulgados pela PRF apontam que, até o momento, o país tem 183 pontos de interdição e 88 bloqueios em rodovias de 22 estados e Distrito Federal. Ao menos 192 manifestações foram desfeitas.

Os maiores números de ocorrências foram registrados nos Estados de Pará (33 interdições), Mato Grosso (22 interdições), Minas Gerais (12 interdições e seis bloqueios), Paraná (24 interdições e 15 bloqueios), Rondônia (20 interdições), Rio Grande do Sul (15 interdições e 15 bloqueios) e Santa Catarina (39 bloqueios).

Decisão do STF

Os atos são realizados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) contra a derrota do mandatário nas urnas. Em sessão extraordinária virtual realizada nesta terça-feira, 1º, o STF formou maioria para referendar a decisão do ministro Alexandre de Moraes em relação ao bloqueio das rodovias

Os integrantes do STF têm até as 23h59 desta terça para divulgar o voto. Até o momento, os ministros Roberto Barroso, Edson Fachin, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia e Rosa Weber acompanharam o voto do relator, Alexandre de Moraes.

Na decisão, Moraes citou que a PRF foi ”omissa” e ”inerte” e determinou que o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, adote todas as medidas necessárias para a desobstrução de vias sob pena de R$ 100 mil multa por hora. 

A decisão sugere que, caso não sejam cumpridas as determinações, já há possibilidade de afastamento do diretor-geral das funções e prisão em flagrante por crime de desobediência. 

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Luigi Mangione, suspeito de assassinar CEO, havia sido dado como desaparecido pela mãe semanas antes do crime

Luigi Mangione: Suspeito de Assassinato do CEO da UnitedHealthcare

Luigi Mangione, um homem de 26 anos, foi acusado pela polícia de estar ligado ao assassinato do diretor executivo da UnitedHealthcare, Bryan Thompson, que ocorreu na semana passada em Nova York. Mangione foi detido na segunda-feira após ser reconhecido em um McDonald’s na Pensilvânia.

A polícia anunciou que Mangione foi preso e acusado de posse de armas de fogo relacionadas ao assassinato de Thompson. No momento da detenção, ele estava com uma arma fantasma, criada a partir de uma impressora 3D, um silenciador e um carregador com seis munições.

Além disso, Mangione possuía várias identidades falsas, incluindo uma usada para fazer o check-in no hostel de Nova York onde o atirador de Thompson foi visto. Mangione, que nasceu e cresceu em Maryland, provém de uma família abastada e frequentou um liceu de elite em Baltimore, onde foi o melhor aluno.

Ele se formou em ciência da computação na Penn State University, com foco em inteligência artificial. Durante a detenção, Mangione mentiu sobre seu nome, dizendo aos agentes que ‘claramente não o devia ter feito’ quando questionado. Quando perguntado se havia visitado Nova York recentemente, ele ficou calado e começou a tremer.

Mangione foi acusado de homicídio e de quatro outros crimes, incluindo porte criminoso de arma de fogo e documento falsificado. Ele deve ser extraditado para Nova York para responder a essas acusações.

Antes do crime, a mãe de Mangione o havia dado como desaparecido semanas antes. Nas redes sociais, Mangione demonstrou interesse em manifestos de serial killers, como Ted Kaczynski, conhecido como ‘Unabomber’.

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