Bolsonaristas se irritam com protestos contra ex-presidente nos Estados Unidos

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Um vídeo em circulação na internet mostra bolsonaristas irritados em um protesto de brasileiros contra o ex-presidente Jair na porta da mansão onde ele está hospedado em Orlando, nos Estados Unidos. Faixas com pedidos de prisão dele chegaram a ser arrancados das mãos do grupo. Em uma delas estava escrito “Jail Bolsonaro”, uma associação com o nome Jair e a palavra Jail que significa prender, em português. Nas imagens, um apoiador de Bolsonaro tenta impedir um manifestante de filmar a situação. Uma pessoa grita que na América e lá ninguém bate em ninguém.

O político foi incluído em uma lista de apuração de possíveis financiadores dos atos antidemocráticos em 8 de janeiro em Brasília, quando apoiadores descontentes com o resultado das eleições que deram a vitória a Lula destruíram as sedes dos Três Poderes. No fim de semana, ele usou as redes sociais para rebater acusações de descaso com indígenas yanomami verificados in loco pelo petista em Roraima. O povo tem sofrido com a contaminação por mercúrio, desnutrição e fome decorrentes do avanço do garimpo ilegal na região. O ministro da Justiça Flávio Dino acredita que o cenário configura genocídio e crime ambiental por parte da gestão anterior.

Uma semana antes, ele reapareceu publicamente e comentou a apoiadores que pode ter cometidos “furos” durante o seu governo. Ele surgiu sorridente e não comentou quando uma apoiadora sugeriu que ele não voltasse ao Brasil. Ele também não citou os desdobramentos políticos e jurídicos relacionados à invasão de seus eleitores na Esplanada dos Ministérios, como a prisão do ex-ministro da Justiça no governo dele, Anderson Torres.

“Nunca sai fora das quatro linhas, embora alguns me critiquem por causa disso. Mas nunca saí das quatro linhas. Quatro anos de ‘todo dia é segunda-feira’. Tem alguns ‘furos’? Tem, é lógico. A gente comete alguns deslizes em casa, quem dirá no governo, não é? Se bem que em casa, a gente sempre sabe quem é o responsável: o marido. Eu lamento o que aconteceu dia 08”, declarou.
As quatro linhas a que ele se refere são o cumprimento do que seria a essência da Constituição Federal. Na verdade, seria o atendimento aos princípios da da Liberdade, da Impessoalidade, da Publicidade e da Motivação dos atos administrativos. O longo do governo, ele sempre se defendeu das acusações apelando a essa “previsão” legal.

Assista ao vídeo:

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