Bolsonaro admite que pode não concorrer às eleições de 2026, mas descarta ser preso

Datafolha: mais da metade dos brasileiros querem Bolsonaro inelegível

O ex-presidente Jair Bolsonaro pode ficar longe de campanhas eleitorais como candidato. Ele admitiu que deve ficar inelegível, caso o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgue procedente um processo propaganda irregular. Ele já havia sido multado em R$ 20 mil em setembro do ano passado dentro da mesma ação. A prisão não é uma possibilidade, na opinião dele.

 

“O processo que vai ser julgado no TSE é pela reunião que fiz com embaixadores no ano passado. Foi o crime que eu cometi, sendo que a política externa é privativa minha e do respectivo embaixador nosso. Mas, infelizmente, em alguns casos no Brasil você não precisa ter culpa para ser condenado. Então, existe a possibilidade de inelegibilidade, sim”, disse em uma evento voltado a empresários brasileiros nos Estados Unidos.

 

Ele acredita que só irá preso em caso de arbitrariedade por não existirem motivos. A associação entre ele e os atos antidemocráticos de 8 de janeiro com apoiadores destruindo as sedes dos Três Poderes é infundada, na perspectiva dele. Bolsonaro também afirmou que a tentativa de impedi-lo de tentar ser eleito novamente é uma estratégia que considera Lula fora do cenário político para uma reeleição. 

 

O integrante do Partido Liberal não citou qual sigla mas defendeu que uma legenda estaria em conluio com o TSE orquestrando o plano. O ex-presidente sugeriu que os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), seriam bons nomes, apesar de eles não terem “vivência nacional”. 

 

“A inelegibilidade é porque o cara que está lá…até pela idade dele…não vai ter uma longa vida na política, no meu entender. Sobra para um partido político que vocês sabem qual é o comando do País e não tem liderança nacional”, completou.

 

Para os investigadores da Polícia Federal (PF), o adiamento do retorno de Bolsonaro dos Estados Unidos ao Brasil pode configurar “evasão do distrito da culpa”. Eles apuram o caso das joias de R$ 16 milhões apontadas pelo ex-presidente como presente do governo saudita para a ex-primeira dama Michele Bolsonaro. Como chefe do Executivo federal, os presentes integram o acervo nacional e não do político que exerce o cargo. 

 

Em fevereiro, ele declarou em entrevista ao Wall Street Journal que retornaria ao Brasil em março para liderar a oposição ao governo Lula. Ele e a família estão nos Estados Unidos desde 30 de dezembro na mansão do ex-lutador de UFC, José Aldo.

 

Profissão: Palestrante

 

Bolsonaro tem trabalhado como palestrante para empresários norte-americanos desde fevereiro, quando apoiadores brasileiros organizaram as aparições que renderiam cerca de US$ 10 mil cada uma. Um dos eventos em que Bolsonaro foi palestrante teve organização da empresa de um homem suspeito de ter financiado a invasão ao Capitólio no governo de Donald Trump para impedir a diplomação de Joe Biden, em janeiro de 2021. 

 

A nova fonte de renda dele seria necessária para custear a estadia de Bolsonaro e da família no exterior. Oficialmente, os rendimentos mensais dele são uma aposentadoria como deputado federal  (R$ 46,4 mil) e o salário como capitão reformado do Exército (R$ 12 mil). Ao todo, são cerca de 58,4 mil por mês.

 

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Piloto de F1 Yuki Tsunoda fica detido na imigração dos EUA por três horas e quase perde o GP de Las Vegas

Yuki Tsunoda, piloto da equipe RB na Fórmula 1, enfrentou um imprevisto bastante inusitado antes de participar do GP de Las Vegas neste fim de semana. O japonês foi detido na imigração dos Estados Unidos por cerca de três horas, correndo o risco de ser mandado de volta ao Japão e perder a corrida. O motivo? O agente da imigração não acreditou que ele fosse um piloto de F1, pois estava de pijama.

Tsunoda, que já havia estado nos EUA recentemente para o GP de Austin, no Texas, e para o de Miami em maio, explicou que não compreendeu o motivo da parada, já que estava com toda a documentação correta. “Estava de pijama, então talvez eu não parecesse um piloto de F1. Durante a conversa, até me perguntaram sobre o meu salário, o que foi desconfortável. Eu não conseguia dizer nada e senti muita pressão”, comentou o piloto.

O japonês revelou que, mesmo com a documentação adequada e o visto, não foi permitido que ele ligasse para sua equipe ou para a Fórmula 1 para esclarecer a situação. “Eu queria ligar para a equipe ou para a F1, mas na sala da imigração não podia fazer nada”, explicou. Felizmente, a situação foi resolvida após intensas conversas, e Tsunoda conseguiu entrar no país a tempo de disputar o GP.

Este episódio ilustra os desafios que os pilotos enfrentam com a imigração nos Estados Unidos, especialmente desde que a Fórmula 1 passou a ter mais de um evento no país a partir de 2022. Com isso, casos envolvendo contestação de vistos e documentação começaram a se tornar mais frequentes, colocando em risco a participação dos competidores em corridas como o GP de Las Vegas. Tsunoda, no entanto, destacou que a experiência ficou para trás e agora está focado na disputa da corrida.

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