O relatório da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal revelou que Jair Bolsonaro admitiu ter utilizado um ‘ferro de solda’ para romper a tornozeleira eletrônica, que apresentava queimaduras em toda sua circunferência. Segundo o documento, Bolsonaro teria dito ‘Meti ferro quente aí. Curiosidade. (…) Ferro de solda’ a uma policial penal. Ele negou ter tentado romper a pulseira, afirmando que ‘Está tranquilo aí’. A violação no equipamento foi detectada às 00h07 de sábado. A equipe de policiais penais foi acionada imediatamente.
Inicialmente, a informação era de que o dispositivo havia sido danificado ao bater em uma escada. No entanto, ao chegar ao local, a policial penal constatou que as queimaduras na tornozeleira não eram resultado de choque na escada, conforme havia sido informado. Após autorização, a tornozeira foi examinada em um ambiente bem iluminado e com energia elétrica. O relatório detalha a existência de sinais de avaria por toda a circunferência do equipamento.
Ao ser questionado sobre o incidente, Bolsonaro admitiu ter usado o ferro de solda para tentar abrir o dispositivo. A equipe registrou a resposta em vídeo. Em seguida, a tornozeleira danificada foi substituída por um novo equipamento, que passará por perícia. A policial penal Rita Gaio, diretora adjunta do centro de monitoramento, assinou o relatório que descreveu o caso. A divulgação do episódio gerou repercussão e levantou questões sobre o controle do uso de tornozeleira eletrônica por autoridades envolvidas em processos judiciais



