O ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL) afirmou não ter certeza sobre a inocência do filho “04”, Jair Renan Bolsonaro. O jovem, hoje com 25 anos, é o único que não é seguido pelo pai nas redes sociais, além de viver afastado do parente.
Jair Renan é alvo de operação contra lavagem de dinheiro
O filho do ex-presidente Bolsonaro, Jair Renan, é alvo de busca e apreensão pela Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária. Operação, batizada como Nexum, foi deflagrada nesta quinta-feira, 24, e investiga crimes contra a fé pública e associação criminosa.
Além do jovem, outras quatros pessoas foram alvos de busca e apreensão. A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) cumpriu também dois mandados de prisão preventiva.
O alvo principal da operação, e mentor do esquema, foi identificado como Maciel Carvalho. Ele é empresário de Jair Renan e coleciona antecedentes criminais por por falsificação de documentos, estelionato, organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, uso de documentos falso e disparo de arma de fogo.
Horas antes da operação da PCDF, o filho 04 do ex-presidente Bolsonaro postou um trecho do filme “O Poderoso Chefão” através de um insta stories. O vídeo em questão, exibe o momento em que o personagem Vito Corleone, interpretado por Marlon Brando, ressalta a defesa da família.
“Se dedica à família?”, questiona o personagem, que recebe a resposta afirmativa do interlocutor: “É claro que sim”. — “Ótimo. Porque um homem que não se dedica à família jamais será um homem de verdade.”
Acusação não é hoje
No ano passado, Jair Renan foi alvo de inquérito do Ministério Público Federal por suspeita de tráfico de influência e lavagem de dinheiro. No entanto, a apuração foi arquivada, por falta de provas. Na época, Bolsonaro disse não saber se o filho estava certo ou errado no caso.
“O moleque tem 24 anos agora, acho que ninguém [aqui] conhece ele, vive com a mãe, há muito tempo está longe de mim, mas recebo ele de vez em quando aqui. Tem a vida dele, não sei se está certo ou se está errado, mas peço a Deus que o proteja”, disse Bolsonaro, na ocasião, antes de atribuir a abertura da investigação à oposição.