Bolsonaro apoia Trump em vídeo e afirma inelegibilidade sem crime

O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro gravou um vídeo em apoio ao ex-presidente e candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump. Na mensagem, divulgada no domingo, 3, Bolsonaro descreveu Trump como “a certeza de um mundo melhor” e se apresentou como um líder brasileiro que está “inelegível sem ter cometido um crime sequer”.

“Em nome dos brasileiros que amam Deus, amam o Estado de Israel, respeitam a família, a propriedade privada, o livre-comércio e a liberdade de expressão, os nossos votos de sucesso. Jair Bolsonaro, ex-presidente da República, inelegível sem ter cometido um crime sequer. Estamos juntos,” afirmou Bolsonaro no vídeo.

Bolsonaro também elogiou Trump, chamando-o de “o maior líder conservador da atualidade” e destacou que uma eventual volta de Trump ao poder garantiria um cenário de paz e o “retorno da liberdade”. Segundo o ex-presidente brasileiro, o governo de Trump projetava poder e não houve guerras durante seu mandato. “Hoje, vemos guerras, a volta do terrorismo e a censura aprisionando a todos. A volta de Trump é a certeza de um mundo melhor, sem guerras, terrorismo e o retorno da liberdade em toda a sua plenitude,” disse Bolsonaro.

Em contraste, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou apoio à atual vice-presidente e candidata do Partido Democrata, Kamala Harris. Lula afirmou que Kamala é a melhor escolha para o fortalecimento da democracia nos EUA, citando o ataque promovido por apoiadores de Trump ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021. “A Kamala ganhando as eleições é muito mais seguro para a gente fortalecer a democracia nos EUA,” disse Lula em entrevista ao canal de TV francês TF1.

A eleição nos Estados Unidos, que definirá o 47° comandante do país, está indefinida, com as principais pesquisas de intenção de voto divergindo sobre qual candidato está na liderança.

Inelegível

Bolsonaro está inelegível até 2030 após ser condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação em razão da reunião em que atacou as urnas eletrônicas diante de diplomatas. Ele sofreu outro revés no mesmo tribunal por abuso de poder político, abuso de poder econômico e conduta vedada nas comemorações do 7 de setembro de 2022.

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Lula impõe veto ao indulto de Natal para condenados do 8 de janeiro

Lula Impõe Veto ao Indulto de Natal para Condenados do 8 de Janeiro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou o indulto de Natal para os condenados pelos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, marcando o segundo ano consecutivo em que o benefício é negado aos envolvidos na tentativa de golpe de Estado. O anúncio foi feito na noite de 23 de dezembro, um dia antes da véspera de Natal, destacando a firmeza do governo em lidar com esses crimes.

Além disso, o indulto não será concedido a condenados por abuso de autoridade e crimes contra a administração pública, como peculato e corrupção passiva. O decreto também exclui aqueles condenados por crimes hediondos, tortura e violência contra a mulher, crianças e adolescentes. Integrantes de organizações criminosas, condenados em regimes disciplinares diferenciados e aqueles que fizeram acordos de colaboração premiada também estão fora do benefício.

Por outro lado, o indulto será concedido a gestantes com gravidez de alto risco, comprovada por laudo médico. Mães e avós condenadas por crimes sem grave ameaça ou violência também terão direito ao benefício, desde que comprovem ser essenciais para o cuidado de crianças até 12 anos com deficiência.

Saúde e condições especiais

O decreto prevê o perdão da pena para pessoas infectadas com HIV em estágio terminal, ou aquelas com doenças graves crônicas sem possibilidade de atendimento na unidade prisional. Pessoas paraplégicas, tetraplégicas, cegas e portadoras do espectro autista em grau severo também serão beneficiadas.

Este decreto reforça a posição do governo em relação aos atos antidemocráticos e crimes graves, enquanto oferece alívio a grupos vulneráveis. As pessoas contempladas pelo benefício terão, na prática, o perdão da pena e o direito à liberdade.

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