Bolsonaro assina crédito extraordinário de R$ 20 bilhões para compra de vacinas

O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta quinta-feira, dia 17, uma Medida Provisória que abre um crédito extraordinário de R$ 20 bilhões para a aquisição de vacinas pelo Ministério da Saúde. No entanto, o conteúdo completo da MP ainda não foi divulgado pelo Palácio do Planalto.

Um dia antes, nesta quarta-feira, 16, o Governo Federal realizou o lançamento do Plano Nacional de Imunização, em que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, informou que a vacinação deve começar no mês de fevereiro do ano que vem.

Vale lembrar que o Brasil ainda não tem produtos próprios registrados. É preciso terminar a fase 3 das pesquisas e pedir avaliação da Anvisa. Pazuello declarou na ocasião que dará prioridade às vacinas dos institutos nacionais, inclusive a polêmica Coronavac, vacina chinesa produzida no Butantan. O plano também prevê que, para tomar as duas doses em caráter emergencial, o paciente deve assinar um termo de responsabilidade.

Ronaldo Caiado, governador de Goiás, esteve presente na cerimônia, no Palácio do Planalto.

 

Imagem: Isac Nóbrega/PR

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp