Bolsonaro convoca presidente da Petrobrás para discutir possível privatização

Durante sua live semanal de quinta-feira, o presidente da República, Jair Bolsonaro, contou que convocará para uma reunião o presidente da Petrobrás, Roberto Castello Branco, para discutir o preço dos combustíveis no país.

Há uma semana, os caminhoneiros tentaram organizar uma paralização nacional por conta do preço atual do diesel, mas Bolsonaro pediu que eles não parassem e no fim, o movimento não encontrou adesão.

O encontro do presidente com o líder da empresa estatal deve acontecer nesta sexta-feira, 5. Alguns ministros de governo também devem comparecer ao encontro: “Amanhã vou ter uma reunião envolvendo o ministro de infraestrutura, Tarcísio Freitas, da Economia, Paulo Guedes, de Minas e Energia, Bento Albuquerque e o presidente da Petrobrás”, detalhou Bolsonaro.

Em 35 dias de 2021, a empresa já reajustou duas vezes o preço da gasolina nas refinarias e uma vez o preço do diesel. A gasolina já acumula uma alta de 13% e o presidente da República disse querer entender o motivo do custo atual. “Ninguém está interferindo na Petrobrás, mas você tem que saber qual é a composição final no preço do diesel”, justificou.

Na live, a possibilidade de venda da estatal para o setor privado também foi mencionada. “Eu quero tratar de forma pública essa questão. A Petrobrás é uma empresa importante, sim. Tem que privatizar ou não? É isso que temos que conversar amanhã”, revelou o chefe do Executivo nacional.

Do preço total do diesel, usado pelos caminhoneiros, 23% são apenas impostos. Bolsonaro ainda afirmou que pretende mudar a maneira como os impostos são cobrados sobre os combustíveis, para que o imposto estadual deixe de ser descontado nas bombas e passe a ser encima do valor nas refinarias, que é mais barato.

Imagem: Sérgio Lima/ Poder 360

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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