Bolsonaro critica a “velocidade da luz” do STF em julgamento sobre golpismo, que pode torná-lo réu. O caso envolve ex-ministros e será analisado em 25 de março.
Crítica à celeridade do julgamento
O ex-presidente Jair Bolsonaro criticou duramente a rapidez com que o Supremo Tribunal Federal (STF) agendou o julgamento de uma denúncia que pode torná-lo réu por suposto golpismo. A análise da denúncia, apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), está marcada para os dias 25 e 26 de março. Bolsonaro ironizou a celeridade do processo, sugerindo que a agilidade é motivada por sua liderança nas pesquisas para as eleições de 2026.
Declarações nas redes sociais
“Parece que o devido processo legal, por aqui, funciona na velocidade da luz. Mas só quando o alvo está em primeiro lugar em todas as pesquisas de intenção de voto para Presidente da República nas eleições de 2026”, escreveu Bolsonaro em uma rede social. Ele também destacou que o inquérito, “repleto de problemas e irregularidades”, está indo a julgamento em apenas um ano e um mês.
Julgamento pela Primeira Turma do STF
O caso será analisado pela Primeira Turma do STF, composta pelos ministros Cristiano Zanin, Carmen Lúcia, Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Luiz Fux. A denúncia envolve Bolsonaro e outros sete acusados, incluindo ex-ministros como Walter Braga Netto, Anderson Torres, Paulo Sérgio Nogueira e Augusto Heleno. Se a maioria dos ministros aceitar a denúncia, os acusados se tornarão réus.
Defesa e próximo passos
A defesa de Bolsonaro pediu que o caso fosse analisado pelo plenário do STF, mas o relator, ministro Alexandre de Moraes, liberou a denúncia para julgamento após a PGR apresentar uma manifestação rebatendo as respostas das defesas.