O Supremo Tribunal Federal (STF) agendou para os dias 25 e 26 de março o julgamento da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete acionistas, acusados de envolvimento em uma trama golpista. A denúncia menciona crimes, incluindo golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada e danos qualificados por violência ao patrimônio da União.
A Primeira Turma do STF, formada pelos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux, será encarregada do julgamento. Se a maioria aceitar a denúncia, os acusados se tornarão réus e responderão a uma ação penal no STF.
Denunciados
Os acusados incluem, além de Bolsonaro, o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil; o general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional; Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Paulo Sérgio Nogueira, general do Exército e ex-ministro da Defesa; além de Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Bolsonaro se manifestou sobre a situação, criticando a rapidez do processo e fazendo comparações com o presidente dos EUA, Donald Trump. Ele alegou que o julgamento avança rapidamente por causa de sua liderança nas pesquisas para 2026, mesmo com sua inelegibilidade até 2030.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, rejeitou as argumentações da defesa de Bolsonaro e favoreceu o prosseguimento da denúncia. Para otimizar, a denúncia foi segmentada em grupos, e a decisão sobre sua aceitação será uma avaliação preliminar crítica ao caso.