Bolsonaro dá risada sobre afastamento de Wilson Witzel do governo do Rio

Bolsonaro dá risada sobre afastamento de Wilson Witzel do governo do Rio

O presidente Jair Bolsonaro não conteve o riso nesta sexta-feira, dia 28, ao comentar o episódio de afastamento do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel.

No Palácio da Alvorada, lugar da maioria das falas do presidente, ele declarou: “O Rio está pegando, o Rio está pegando hoje. Está sabendo do Rio hoje?”. E perguntou a um apoiador: “Quem é teu governador?”.

“Meu governador? É o vice”, respondeu o eleitor, confirmando ser do Rio de Janeiro. Bolsonaro então riu e concluiu: “Tá acompanhando, aí!”.

A reação do presidente pode ser explicada pelo fato de que Witzel e ele se tornaram rivais políticos, mesmo depois de terem se aliado nas eleições de 2018. O atrito se intensificou em 2020, e Bolsonaro já alegou que o governador afastado tem intenções de sucedê-lo na presidência do Brasil, em 2022.

No Rio de Janeiro, Witzel conseguiu se eleger graças ao apoio do Senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente, com quem também cultiva inimizade. O governador do estado carioca foi afastado na manhã desta sexta por decisão do Superior Tribunal de Justiça, após ser denunciado pela Procuradoria Geral da República por suspeita de desvio de recursos na área da saúde.

Desvios que os eleitores já começaram a chamar de “Covidão”.

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PF investiga general ligado ao governo Bolsonaro por imprimir plano para matar Moraes, Lula e Alckmin no Planalto

A Polícia Federal (PF) revelou que o general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência e ex-ministro interino do governo Bolsonaro, teria impresso no Palácio do Planalto um “plano operacional” para assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin. Denominado “Punhal Verde e Amarelo”, o plano de três páginas foi encontrado no gabinete da Secretaria-Geral. Fernandes foi preso na manhã desta terça-feira (19).

De acordo com a PF, o documento, salvo sob o título “Plj.docx” (referência à palavra “planejamento”), detalhava a execução do plano. Além disso, outros arquivos sensíveis, como “Fox_2017”, “Ranger_2014” e “BMW_2019”, foram localizados na pasta “ZZZZ_Em Andamento”, que a polícia interpretou como um indício de que as ações estavam em fase ativa. Curiosamente, os nomes dos arquivos remetiam a veículos pessoais do general, segundo o relatório policial.

A defesa de Mário Fernandes ainda não se pronunciou sobre o caso.

Operação e alvos

A operação desta terça-feira prendeu quatro militares e um policial federal, todos investigados por ligação com um suposto grupo denominado “Kids Pretos”, formado por integrantes das Forças Especiais. O grupo é acusado de planejar o assassinato de lideranças políticas após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Ao todo, a operação cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e determinou 15 medidas cautelares, incluindo a entrega de passaportes e a suspensão de funções públicas dos envolvidos. Entre os alvos estão Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, além do policial federal Wladimir Matos Soares.

A investigação faz parte de um inquérito mais amplo que apura possíveis tentativas de golpe de Estado relacionadas à eleição de 2022.

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