Bolsonaro desprecia nordestinos com expressão pejorativa: ”Pau de arara”

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Bolsonaro desprecia nordestinos com expressão pejorativa: ”Pau de arara”

Jair Bolsonaro disse que o líder religioso cearense Padre Cícero era de Pernambuco. Em sua típica transmissão ao vivo pela internet, ele reclamou de críticas em que revogou o luto oficial por Padre Cícero, morto em 1934 e considerado santo pelo povo nordestino. O presidente chamou de ”pau de arara” os assessores aos quais perguntou, durante a transmissão”, de qual estado o líder religioso era.

Inicialmente, Bolsonaro errou e disse que o líder religioso cearense era de Pernambuco. Em seguida, pediu para que seus assessores presentes confirmasse e, em razão da demora pela reposta, insistiu:

“Falaram que eu revoguei o luto de Padre Cícero. Lá do Pernambuco, é isso mesmo? Que cidade que fica lá? Cheio de pau de arara aqui e não sabem em que cidade fica Padre Cícero, pô?”.

”Pau de arara”

A origem da expressão ”pau de arara” veio do tempo da migração, desde o século 19, de pessoas do Nordeste para o Sul e Sudeste do Brasil. As viagens longas, precárias e perigosas eram feitas em caminhões com tábuas atravessadas na carroceria, como araras no pau.

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PF investiga general ligado ao governo Bolsonaro por imprimir plano para matar Moraes, Lula e Alckmin no Planalto

A Polícia Federal (PF) revelou que o general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência e ex-ministro interino do governo Bolsonaro, teria impresso no Palácio do Planalto um “plano operacional” para assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin. Denominado “Punhal Verde e Amarelo”, o plano de três páginas foi encontrado no gabinete da Secretaria-Geral. Fernandes foi preso na manhã desta terça-feira (19).

De acordo com a PF, o documento, salvo sob o título “Plj.docx” (referência à palavra “planejamento”), detalhava a execução do plano. Além disso, outros arquivos sensíveis, como “Fox_2017”, “Ranger_2014” e “BMW_2019”, foram localizados na pasta “ZZZZ_Em Andamento”, que a polícia interpretou como um indício de que as ações estavam em fase ativa. Curiosamente, os nomes dos arquivos remetiam a veículos pessoais do general, segundo o relatório policial.

A defesa de Mário Fernandes ainda não se pronunciou sobre o caso.

Operação e alvos

A operação desta terça-feira prendeu quatro militares e um policial federal, todos investigados por ligação com um suposto grupo denominado “Kids Pretos”, formado por integrantes das Forças Especiais. O grupo é acusado de planejar o assassinato de lideranças políticas após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Ao todo, a operação cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e determinou 15 medidas cautelares, incluindo a entrega de passaportes e a suspensão de funções públicas dos envolvidos. Entre os alvos estão Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, além do policial federal Wladimir Matos Soares.

A investigação faz parte de um inquérito mais amplo que apura possíveis tentativas de golpe de Estado relacionadas à eleição de 2022.

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