Bolsonaro divulga kit de “ética e cidadania” para professores
Nesta quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro apresentou iniciativa do governo para a educação básica. Durante a transmissão ao vivo semanal, o chefe do Executivo apresentou um kit de “ética e cidadania” intitulado “Um por todos e todos por um” direcionado para professores.
O kit foi produzido pela Controladoria-Geral da União (CGU) e o Ministério da Educação. De acordo com Bolsonaro, também existe uma versão versão digital e uma para os estudantes.
O presidente comparou a proposta apresentada ao “kit gay”. “Que diferença, hein pessoal? Daquele kit de lá trás, vocês lembram? Aquele que ensinava o que os pais não admitiam. Aquela briga nossa contra a aquele partido lá de trás que realmente se educava as crianças. Agora é diferente”, declarou.
O presidente lembrou que hoje se comemora o Dia do Professor, citando também os profissionais de educação física. Ele disse que “grande parte do futuro do Brasil” passa pelas mãos dos professores acrescentando que “a molecada tem que ser melhor instruída”.
Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”
Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento.
“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.
Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.
Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.
O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.
Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.