Bolsonaro diz que Brasil e Israel devem aprofundar parcerias no futuro

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse hoje (28) que Brasil e Israel devem ser “irmãos no futuro”, com parcerias em diversas áreas. “Aprofundamos mais um pouco as nossas intenções. Mais do que parcerias, sermos irmãos no futuro, na economia, em tecnologia, em tudo aquilo que possa trazer benefícios para os dois países”

Netanyahu e Bolsonaro almoçaram no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro. O primeiro-ministro veio ao Brasil para a posse do presidente eleito, na próxima terça-feira (1º).

“Começamos um governo difícil a partir de janeiro, mas o Brasil tem potencialidade, tem massa humana, como a formada em nosso ministério, para que possamos vencer esses obstáculos. Em parte, precisamos sim de bons aliados, bons amigos, bons irmãos, como Netanyahu”, completou Bolsonaro.

Netanyahu disse que a cooperação mútua entre os dois países pode trazer benefícios para as duas nações. “Israel é a terra prometida e Brasil é a terra da promessa. E o senhor se encabeça a boa gestão desse país para concretizar essa promessa. Israel quer ser parceiro do Brasil nessa empreitada. Entendemos que a nossa cooperação mútua pode render enormes benefícios aos nossos povos, na economia, na segurança, na agricultura, em recursos hídricos, indústria, em todos as esferas da atividade humana”, disse.

O primeiro ministro anunciou que convidou Bolsonaro para visitar Israel para “avançarmos na cooperação e parceria”. Bolsonaro aceitou o convite e disse que em março visitará o país junto com uma comitiva para tratar de tecnologia, agricultura, psicultura, segurança, forças armadas.

Visita

Netanyahu desembarcou no final da manhã de hoje na Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, para uma visita de cinco dias ao Brasil. No final da tarde, Netanyahu irá à sinagoga Beit Yaakov para a cerimônia religiosa do shabat. Bolsonaro deverá acompanhar a visita.

No domingo (30), o primeiro-ministro se reúne com jornalistas, líderes da comunidade judaica e Amigos Cristãos de Israel. Na segunda-feira (31), segue para Brasília, onde acompanhará a posse de Bolsonarono dia 1º de janeiro. Ele retorna para Israel na noite do dia 1º.

Informações da Agência Brasil.

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PF indiciou mais três militares por participação em trama golpista; confira quem são

Bolsonaro e Militares Indiciados em Trama Golpista

A Polícia Federal (PF) indiciou na quarta-feira, 11, mais três militares no inquérito que investiga o plano de golpe de Estado para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder. Esses novos indiciados se juntam aos 37 já identificados anteriormente, incluindo o próprio Bolsonaro e o ex-ministro da Defesa, general Walter Souza Braga Netto.

Os novos indiciados são Aparecido Andrade Portela, militar da reserva e suplente da senadora Tereza Cristina do PL; Reginaldo Vieira de Abreu, coronel do Exército e ex-chefe de gabinete do secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência, general Mário Fernandes; e Rodrigo Bezerra Azevedo, tenente-coronel preso na operação que investiga a tentativa de assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Aparecido Andrade Portela fazia a ligação entre o governo de Jair Bolsonaro e financiadores de manifestações antidemocráticas. Ele visitou o Palácio da Alvorada pelo menos 13 vezes em dezembro de 2022. Reginaldo Vieira de Abreu foi acusado de disseminar informações falsas sobre o sistema eleitoral e imprimiu no Palácio do Planalto um documento que seria utilizado para assessorar Bolsonaro após a concretização do golpe.

O plano golpista, segundo a PF, envolvia a organização de uma trama para matar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, com o objetivo de dar um golpe de Estado e manter Bolsonaro na Presidência. A investigação revelou que a organização, formada por quatro militares de alta patente e um policial federal, cogitou envenenar Lula e Moraes, além de considerar o uso de artefatos explosivos.

O relatório da PF concluiu que Bolsonaro tinha ‘pleno conhecimento’ do plano golpista, com base em mensagens do tenente-coronel Mauro Cid, que era ajudante de ordens de Bolsonaro à época. Cid afirmou que o então presidente estava sendo ‘pressionado’ por deputados e empresários do agronegócio para dar um golpe.

Os indiciamentos serão analisados pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, que deve apresentar as denúncias ao STF até fevereiro de 2025. Os envolvidos foram indiciados por organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

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