Bolsonaro diz que Brasil vai abrir as portas para ucranianos em fuga da guerra

Bolsonaro diz que Brasil vai abrir as portas para ucranianos em fuga da guerra

Apesar da postura pouco objetiva diante do conflito, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (28) que o Brasil vai conceder vistos humanitários para os ucranianos que deixarem o país em função dos ataques russos, iniciados no último dia 24 de fevereiro. Espera-se para esta terça-feira (1), a publicação de portaria dos ministérios da Justiça e das Relações Exteriores que vai permitir o acolhimento.

“Vamos abrir a possibilidade de ucranianos virem para o Brasil através do visto humanitário, que é a maneira mais fácil de vir para cá”, declarou o presidente em entrevista ao vivo para a rádio Jovem Pan. “Estamos dispostos a receber ucranianos”, afirmou Bolsonaro. O presidente jamais se posicionou sobre a invasão russa. A posição isenta já motivou críticas, amenizadas pela diplomacia brasileira, que condena o conflito.

Até agora, pelo menos 420 mil ucranianos deixaram o país fugindo dos ataques russos. Países vizinhos são os principais destinos, mas o movimento pode espalhar a população que não pretende retornar mesmo após o fim da invasão russa. Por enquanto, o presidente Jair Bolsonaro ainda não se pronunciou sobre o número de ucranianos que o Brasil admitiria.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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