Bolsonaro diz que só sai do poder se voto for impresso

Bolsonaro diz que só sai do poder se voto for impresso

Durante sua live semana nesta quinta-feira (1º), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que, caso perca as eleições presidenciais no próximo ano, apenas entregará faixa presidencial se o candidato eleito ganhar de ”forma limpa”, fazendo mais uma referência ao voto impresso.

“Eu entrego a faixa presidencial para qualquer um que ganhar de mim na urna de forma limpa. Na fraude, não”, declarou o presidente durante transmissão ao vivo nas redes sociais. O presidente é defensor do voto impresso e prega que o atual sistema de votações, urna eletrônica, permite fraude.

Na live, Bolsonaro voltou a dizer que se a PEC de voto autidável, que se encontra em discussão no Congresso Nacional, for aprovada e entrar em vigor, o modelo será implementado no próximo ano.

“Não vou admitir um sistema fraudável de eleições e eu não quero problemas nem dezenas de milhões de brasileiros que vão às urnas no ano que vem. […] Eu estou apresentando uma maneira de não termos como desconfiar dos resultados finais das eleições”, afirmou. O presidente defende que teria ganhado as eleições de 2018 durante o primeiro turno, sem apresentar provas ou indícios que comprovem as acusações.

Bolsonaro ainda criticou os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que estão se reunindo lideranças partidárias para conversarem sobre o assunto.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, tem se mostrado contra a aprovação da PEC que está na Câmara e tem recebido parlamentares para discutir sobre o assunto. No último fim de semana, líderes de 11 partidos se reuniram virtualmente para sinalizar aliança contra o voto imprenso.

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PF investiga general ligado ao governo Bolsonaro por imprimir plano para matar Moraes, Lula e Alckmin no Planalto

A Polícia Federal (PF) revelou que o general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência e ex-ministro interino do governo Bolsonaro, teria impresso no Palácio do Planalto um “plano operacional” para assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin. Denominado “Punhal Verde e Amarelo”, o plano de três páginas foi encontrado no gabinete da Secretaria-Geral. Fernandes foi preso na manhã desta terça-feira (19).

De acordo com a PF, o documento, salvo sob o título “Plj.docx” (referência à palavra “planejamento”), detalhava a execução do plano. Além disso, outros arquivos sensíveis, como “Fox_2017”, “Ranger_2014” e “BMW_2019”, foram localizados na pasta “ZZZZ_Em Andamento”, que a polícia interpretou como um indício de que as ações estavam em fase ativa. Curiosamente, os nomes dos arquivos remetiam a veículos pessoais do general, segundo o relatório policial.

A defesa de Mário Fernandes ainda não se pronunciou sobre o caso.

Operação e alvos

A operação desta terça-feira prendeu quatro militares e um policial federal, todos investigados por ligação com um suposto grupo denominado “Kids Pretos”, formado por integrantes das Forças Especiais. O grupo é acusado de planejar o assassinato de lideranças políticas após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Ao todo, a operação cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e determinou 15 medidas cautelares, incluindo a entrega de passaportes e a suspensão de funções públicas dos envolvidos. Entre os alvos estão Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, além do policial federal Wladimir Matos Soares.

A investigação faz parte de um inquérito mais amplo que apura possíveis tentativas de golpe de Estado relacionadas à eleição de 2022.

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