Bolsonaro é alvo de panelaços devido a crise sanitária causada pela Covid-19

Bolsonaro é alvo de panelaços devido a crise sanitária causada pela Covid-19

Na noite desta sexta-feira, 15, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi alvo de panelaços em diversas cidades do país. As manifestações foram combinadas por meios das redes sociais e começaram às 20h30. O principal motivo para a ação é a crise sanitária no Amazonas, com falta de oxigênio no hospital e aumento no número de mortes por Covid-19. Vídeos publicados nas redes sociais mostram manifestações em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Recife, Manaus, Goiânia e Porto Alegre.

O panelaço foi convocado por agentes públicos em redes sociais, como políticos e artistas, entre eles o apresentador Luciano Huck. O rival político de Bolsonaro, o governador paulista João Doria (PSDB) defendeu nas redes sociais as manifestações nas janelas.

“Essa, aliás, mais uma das razões que interessam ao presidente Jair Bolsonaro de estender essa tristeza dramática da pandemia: sem povo na rua, quem protesta contra Bolsonaro? Mas há outras formas de fazer isso. As pessoas podem se manifestar nas janelas de suas casas”, declarou ele nesta tarde, em entrevista coletiva.   

Em entrevista ao apresentador José Luiz Datena, da Band, nesta tarde, Bolsonaro minimizou as manifestações. “Panelaço pra quê?”, perguntou. Ele também acrescentou que era alvo dos protestos por estar ajudando o Amazonas e contrariando o Supremo Tribunal Federal (STF).

Vídeo: Reprodução Twitter

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PF investiga general ligado ao governo Bolsonaro por imprimir plano para matar Moraes, Lula e Alckmin no Planalto

A Polícia Federal (PF) revelou que o general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência e ex-ministro interino do governo Bolsonaro, teria impresso no Palácio do Planalto um “plano operacional” para assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin. Denominado “Punhal Verde e Amarelo”, o plano de três páginas foi encontrado no gabinete da Secretaria-Geral. Fernandes foi preso na manhã desta terça-feira (19).

De acordo com a PF, o documento, salvo sob o título “Plj.docx” (referência à palavra “planejamento”), detalhava a execução do plano. Além disso, outros arquivos sensíveis, como “Fox_2017”, “Ranger_2014” e “BMW_2019”, foram localizados na pasta “ZZZZ_Em Andamento”, que a polícia interpretou como um indício de que as ações estavam em fase ativa. Curiosamente, os nomes dos arquivos remetiam a veículos pessoais do general, segundo o relatório policial.

A defesa de Mário Fernandes ainda não se pronunciou sobre o caso.

Operação e alvos

A operação desta terça-feira prendeu quatro militares e um policial federal, todos investigados por ligação com um suposto grupo denominado “Kids Pretos”, formado por integrantes das Forças Especiais. O grupo é acusado de planejar o assassinato de lideranças políticas após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Ao todo, a operação cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e determinou 15 medidas cautelares, incluindo a entrega de passaportes e a suspensão de funções públicas dos envolvidos. Entre os alvos estão Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, além do policial federal Wladimir Matos Soares.

A investigação faz parte de um inquérito mais amplo que apura possíveis tentativas de golpe de Estado relacionadas à eleição de 2022.

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