Bolsonaro é chamado de “moleque” por ministro do STF

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Declarações sobre fraudes nas urnas eletrônicas e a defesa do voto impresso feitas por Bolsonaro durante a live de quinta-feira (29), não foram muito bem recebidas por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo a jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, o chefe do governo foi chamado de ”moleque” por um ministro da Corte, e teve apoio de outros colegas. A jornalista ainda diz que o clima no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) depois das declarações está tão grave quanto no STF.

Os ministros defendem uma reposta contundente à ameaça golpista. Os magistrados avaliam ser necessário punir Bolsonaro, “inclusive no âmbito eleitoral”, diz a jornalista.

”É preciso atuar agora”, afirma um dos ministros. A medida deve ser feita para que o país possa realizar as eleições de 2022 dentro da normalidade.

Até mesmo Luiz Fux, presidente da STF, assumiu uma postura mais rígida. O Estadão informa que Fux deve usar o discurso de retomada dos trabalhos do Judiciário, na segunda-feira (2), para “dar uma resposta” às ameaças anti-democráticas de Bolsonaro e do ministro da Defesa, Walter Braga Netto.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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