Bolsonaro é criticado por jantar com Toffoli e responde: “Tomei café com o Maia. Estou errado?”

Parte dos apoiadores de Jair Bolsonaro criticaram o presidente pelos recentes encontros com autoridades do legislativo e do judiciário. No sábado, dia 3, o presidente se reuniu com o Ministro Dias Toffoli, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal.

Nesta segunda, dia 5, ao sair do Palácio do Alvorada, Bolsonaro falou com os eleitores, como de costume. Quando um deles perguntou se era difícil governar com o STF, o presidente respondeu:

“Não entro em detalhe. É um poder que respeito”. E continuou: “com quem eu tomei café agora, alguém sabe? Rodrigo Maia. Estou errado? Quem é que faz a pauta da câmara?”, indagou.

Bolsonaro também falou sobre a aprovação da mudança no código de trânsito, que aumenta a validade da CNH por 10 anos, e sobre a indicação de Kassio Nunes para o STF, pela qual também foi criticado.

“É igual escalar a Seleção Brasileira: todo mundo tem seu nome. Esse mesmo pessoal, no passado, queria que eu botasse o Moro.” Em sua live na semana passa o presidente pediu ao povo: “Vocês têm que confiar em mim”.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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