Vídeo: Bolsonaro é impedido de entrar em barraca de frango no DF
Sábado (10), Jair Bolsonaro voltou a causar aglomeração no Distrito Federal ao visitar uma periferia de Brasília. O atual presidente desrespeitou os protocolos sanitários contra a Covid-19 e não usou máscara durante o passeio em São Sebastião.
Em um vídeo publicado pelo jornalista Samuel Pancher no Twitter, é possível ver Bolsonaro pedindo para entrar em uma barraca de frango assado, e a vendedora dizendo que ele não podia:
“Pode não. Não sabe ficar do lado por quê?” Disse a vendedora ao presidente sem máscara. Outro vendedor tentou interferir e afirmou que “quem manda é ele (Bolsonaro)”, mas a mulher rebateu e disse em seguida: “Depois o povo pega a gente, nós estamos lascados”.
Bolsonaro acabou comendo em cima de uma caixa de isopor, do lado de fora da barraca. Assista ao vídeo:
Sem máscara e causando aglomeração, o presidente Jair Bolsonaro pediu para entrar em uma tenda que vende frango assado na periferia de Brasília.
Ouviu um “pode não” e teve de comer do lado de fora mesmo. pic.twitter.com/erum8v5efS
Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”
Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento.
“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.
Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.
Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.
O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.
Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.