A PGR denunciou Bolsonaro por tentativa de golpe, mas a denúncia omite declarações de Mauro Cid que poderiam ser cruciais para sua defesa. Conheça os detalhes.
A denúncia da PGR
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou recentemente o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 33 pessoas ao Supremo Tribunal Federal (STF) por crimes relacionados a uma tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. No entanto, a denúncia apresentada pela PGR omite declarações importantes do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, que poderiam ser cruciais para a defesa do ex-presidente.
Base das acusações
As acusações da PGR estão baseadas em um inquérito da Polícia Federal (PF) que indiciou Bolsonaro e outras 36 pessoas em novembro do ano passado. O relatório da PF concluiu que Bolsonaro planejou e teve domínio sobre um plano para golpe. Além de Bolsonaro, também foram denunciados o ex-ministro Walter Braga Netto e Mauro Cid, entre outros.
Consequências do julgamento
A denúncia será julgada pela Primeira Turma do STF, que inclui os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux. Se a maioria dos ministros aceitar a denúncia, Bolsonaro e os outros acusados se tornarão réus e responderão a um processo penal no tribunal.
Implicações das declarações omitidas
As declarações de Mauro Cid, que poderiam ser favoráveis à defesa de Bolsonaro, não foram incluídas na denúncia. Isso levanta questionamentos sobre a abrangência e a imparcialidade da investigação. A data do julgamento ainda não foi definida, mas pode ocorrer ainda no primeiro semestre de 2025.