Bolsonaro é recordista de denúncias na Câmara

O deputado federal, e pré-candidato à presidência, Jair Bolsonaro (PSC-RJ) é o recordista de denúncias no Conselho de Ética da Câmara. Segundo o site Congresso em Foco, o parlamentar acumula quatro processos, um recorde na história do conselho que foi criado em 2001.

Bolsonaro já declarou que sua filiação a uma nova sigla, o Partido Ecológico Nacional (PEN), está encaminhada e praticamente certa. Será a sétima filiação partidária do parlamentar carioca.

Além das denúncias feitas no Conselho de Ética, Bolsonaro também é um dos mais denuncias na Corregedoria da Câmara, que também apura a conduta dos parlamentares. Entre as acusações está a de que o deputado teria chamado o ex-presidente Lula de “homossexual” e a ex-presidente Dilma Rousseff de “especialista em assalto e furto”. Em 2000, ele disse que o então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) deveria ter sido fuzilado durante a ditadura.

O filho de Jair, Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) também já foi alvo de dois processos no Conselho de Ética apenas em seu primeiro mandato.

Bolsonaro, o pai, já recebeu seis punições por causa de pronunciamentos agressivos e entrevistas polêmicas. Foram três censuras verbais e duas por escrito. Apesar disso, ele escapou da abertura de processo de cassação do mandato.

*Com informações do Congresso em Foco

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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