Bolsonaro em prisão domiciliar: visitas, exames e indiciamento – o que aconteceu no primeiro mês

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Visitas de políticos e família, exames, indiciamento, reforço no monitoramento: o primeiro mês de Bolsonaro em prisão domiciliar

O primeiro mês de Jair Bolsonaro em prisão domiciliar, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, foi marcado por uma série de acontecimentos. Em meio a exames médicos e autorizações para visitas de familiares e políticos aliados, novas provas obtidas pela Polícia Federal levaram ao indiciamento do ex-presidente e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, por suposta coação de autoridades responsáveis pelo julgamento em que Bolsonaro é réu.

Desde que teve início o processo de julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro tem cumprido a prisão domiciliar enquanto aguarda o desenrolar das investigações. No entanto, a presença de indícios de crimes de coação no curso do processo e de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito resultou no indiciamento do ex-presidente e de seu filho pela PF.

As alegações da defesa de Bolsonaro sobre a colaboração do ex-presidente com as investigações e a sua presença em todos os atos processuais contrastam com as conclusões dos investigadores, que apontaram o envolvimento do político e do seu filho em possíveis ações para influenciar o desfecho do processo judicial.

A determinação de reforço no monitoramento integral de Bolsonaro em sua residência pelo ministro Moraes justifica-se pelo risco de fuga, relacionado à atuação de Eduardo Bolsonaro no exterior e à proximidade do julgamento do processo. Essa intensificação no monitoramento inclui vistorias em veículos que saem da residência do ex-presidente, visando garantir a segurança e a integralidade das investigações em curso.

Além disso, a realização de exames médicos em Bolsonaro revelou um quadro de infecções pulmonares, esofagite e gastrite, demonstrando a importância de cuidados com a saúde do ex-presidente durante o período de prisão domiciliar. As autorizações para visita de familiares e políticos aliados também foram concedidas ao longo do mês, evidenciando a rede de apoio que Bolsonaro possui mesmo diante das complexidades jurídicas que enfrenta.

Em meio a esses desdobramentos, o processo de julgamento de Bolsonaro segue seu curso, com novas informações sendo analisadas pela Procuradoria-Geral da República, que terá a responsabilidade de decidir os próximos passos das investigações. O primeiro mês de prisão domiciliar de Bolsonaro foi marcado por visitas, exames médicos e um reforço no monitoramento, evidenciando a intensidade dos acontecimentos envolvendo o ex-presidente e seu entorno político e familiar.

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