Nos bastidores políticos, a situação de Bolsonaro é delicada, com aliados comparando seu caso ao de Fernando Collor e já discutindo a possibilidade de prisão domiciliar. O ex-presidente expressa preocupação sobre onde será sua prisão, caso seja condenado, levando em consideração suas condições de saúde, questionando se será enviado ao Complexo da Papuda. Enquanto isso, no STF, ministros debatem sobre questões de anistia e apontam uma coalizão oportunista entre o Centrão e os bolsonaristas.
Durante o julgamento, o ministro Flávio Dino votou a favor da condenação de Bolsonaro, o que não surpreendeu o ex-presidente. Ele vê o desfecho do caso como algo praticamente certo. Em conversas com aliados, Bolsonaro demonstra preocupação com o local de sua eventual prisão, considerando suas condições de saúde e os problemas que tem enfrentado, como crises de soluço e necessidade de exames médicos frequentes.
Por outro lado, defensores de Bolsonaro clamam por sua permanência em prisão domiciliar mesmo se for condenado, fazendo paralelos com a situação de Fernando Collor, que também está em prisão domiciliar por questões de saúde. Enquanto isso, os ministros do Supremo observam atentamente os movimentos pró-anistia, identificando uma tentativa de proteção do Centrão e uma busca por perdão dos envolvidos no golpe por parte dos bolsonaristas.
Para os ministros do STF, é crucial separar a coalizão entre Centrão e bolsonaristas para evitar a fragilização da Justiça brasileira. Eles consideram necessário um período de ajustes após o julgamento de Bolsonaro e dos outros réus envolvidos. Há uma forte posição de que a anistia constitucional não seria aceitável, evitando comparações com medidas adotadas por Donald Trump em relação ao Brasil.
Em suma, Bolsonaro vive um momento decisivo em seu julgamento, com aliados e o próprio ex-presidente preocupados com o desfecho. Enquanto os debates seguem no STF, a expectativa é que as consequências políticas sejam significativas, impactando diretamente a dinâmica entre os diferentes setores envolvidos. A tensão política tende a aumentar à medida que o desfecho se aproxima, deixando o cenário político brasileiro ainda mais instável.