Bolsonaro entra com processo no STF contra a suspensão de contas de seus apoiadores no twitter

O presidente Jair Bolsonaro publicou em suas redes sociais que está abrindo uma ação direta de inconstitucionalidade junto ao Supremo Tribunal Federal, pedindo a revogação da decisão tomada pelo ministro Alexandre de Moares, de suspender as contas de seus aliados políticos nas redes sociais.

Por enquanto, o Twitter, Youtube e Facebook já tomaram atitudes para reduzir o alcance destes influenciadores bolsonaristas. Na sexta-feira, dia 26, o Twitter fechou temporariamente contas de jornalistas, empresários e políticos que apoiam Jair Bolsonaro. A justificativa é que a ação visa “acabar com o ódio” nas redes sociais.

Nomes como Allan dos Santos, Bernardo Pires Küster, Sara Winter e o dono da empresa Havan, Luciano Hang, estão entre os banidos do da rede do passarinho azul. Em resposta, eles alegaram estar sendo vítimas de censura e que “é crime ser conservador neste país”, diz Bernardo Küster em vídeo publicado em seu canal do Youtube.

A ordem do Ministro do STF está no contexto do Inquérito das fake news, que apura a possível fabricação de notícias falsas por esses influenciadores que foram bloqueados. Por enquanto, nada foi provado. Ontem, Bolsonaro declarou que está entrando na justiça, juntamente com a Advocacia Geral da União, para que o Supremo Tribunal possa “com seu zelo e responsabilidade, interpretar sobre liberdades de manifestação de pensamento, de expressão, além dos princípios de legalidade e proporcionalidade”.

Jair Bolsonaro ainda lembra que a ação é “baseada na clareza do Artigo 5º, dos direitos e garantias fundamentais”.

 

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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