Bolsonaro entrega terceiro estojo de joias após determinação do TCU

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O ex-presidente da República Jair Bolsonaro entregou o terceiro estojo de joias recebido durante o mandato para a Caixa Econômica Federal. O presente valioso foi um agrado do governo da Arábia Saudita avaliado em R$ 500 mil em visita ao País. Os adereços em diamante  incluem relógio masculino. O anúncio foi feito por meio do perfil em uma rede social do ex-secretário de comunicação do governo do integrante do Partido Liberal (PL), Fabio Wajngarten.

 

“A entrega reitera o compromisso da defesa do presidente Bolsonaro de devolver todos os presentes que o TCU [Tribunal de Contas  da União ] solicitar, cumprindo a orientação do ex-mandatário do país, que sempre respeitou a legislação em vigor sobre o assunto”, postou Wajngarten.

 

A entrega das joias foi realizada pelo advogado de Bolsonaro em Brasília. O cumprimento da determinação do TCU ocorreu dentro do prazo determinado. A descoberta de mais uma leva de presentes surgiu após uma série de denúncias de que outros mimos de líderes de nações estrangeiras teriam sido catalogados como acervo pessoal do ex-presidente. Os objetos recebidos durante a gestão são de caráter público. 

 

Em março, um segundo conjunto de joias foi devolvido em uma agência da Caixa na capital federal. Os itens formam um grupo composto por um relógio, caneta, anel, abotoaduras da marca suíça Chopard e uma masbaha (um tipo de rosário). Os objetos não foram declaradas à Receita Federal e, por isso, entraram no país de forma ilegal.

 

Além delas, a defesa de Bolsonaro também devolveu um fuzil e uma pistola recebidos em 2019, durante viagem aos Emirados Árabes Unidos. Diferente das joias, as duas armas foram comunicadas à Receita e ao Exército, para que fossem registradas.

 

O cerne das investigações começou com um pacote de joias em posse de Bolsonaro recebido durante viagem à Arábia Saudita em 2021 com um colar, anel, relógio e um par de brincos de diamantes, avaliados em 3 milhões de euros (o equivalente a R$16,5 milhões). A alegação de Jair é que seriam um presente do governo local à primeira-dama Michele Bolsonaro. 

 

Os objetos ficaram retidos na alfândega no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, e oito vezes alvo de tentativa de Bolsonaro e pessoas próximas de serem retiradas junto à Receita Federal. A defesa do político alega que “os bens foram devidamente registrados, catalogados e incluídos no acervo da Presidência da República conforme legislação em vigor” e ressalta que “quaisquer presentes encontram-se à disposição para apresentação e depósito, caso necessário”. 

 

O TCU entende que apenas presentes de pequeno valor, perecíveis e de caráter personalíssimo, como camisetas e bonés, podem ser incorporados ao acervo privado do presidente da república.

 

Confira quais os presentes recebidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro:

Primeiro pacote: coleção feminina com colar de R$ 16,5 milhões presentado pelo governo saudita;
Segundo pacote: joias masculinas, como relógio, abotoaduras, caneta, rosário árabe da marca Chopard;
Terceiro pacote: relógio de luxo e joias da marca Rolex.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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