Bolsonaro diz que esposa usou cartão de amiga por falta de crédito

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O ex-presidente Jair Bolsonaro rebateu acusações de caixa 2 no governo afirmando que a esposa Michelle usava o cartão de crédito de uma amiga por falta de limite. Uma investigação do Supremo Tribunal Federal (STF) quebrou sigilos e identificou movimentações financeiras de cartões corporativos. Em um deles consta o pagamento da fatura da amiga da companheira.

 

“A primeira dama utilizou o cartão adicional de uma amiga de longa data. A utilização se deu porque a Michelle não possuía limites de créditos disponíveis. A última utilização foi em julho de 2021, cuja fatura resultou em quatrocentos e oito reais e três centavos”, afirmou Bolsonaro em resposta ao Metrópoles.

 

A mulher a quem Bolsonaro se refere é Rosimary Cardoso Cordeiro. De acordo com o Portal da Transparência, ela recebeu 17.207,80  como salário em dezembro do ano passado. Ela é assessora no gabinete em Brasília do senador Roberto Rocha ( PTB -MA) e teria feito amizade com Michelle quando ambas trabalhavam na Câmara dos Deputados.

 

Nas investigações que acompanharam também saques e pagamentos, algumas inconsistências foram percebidas nas transações da equipe do ex-presidente na unidade do Banco do Brasil que fica dentro do Palácio do Planalto. Um delas é o então ajudante dr ordens, o tenente-coronel do Exército Mauro Cesar Barbosa Cid, conhecido como “coronel Cid”. Bolsonaro explicou que as despesas chegavam a R$ 12 mil e todas eram custeados com recursos pessoais dele.

 

“Conforme o decreto número 10.374, de 2020, compete e faz parte das atribuições da ajudância de ordens prestar os serviços de assistência direta e imediata ao presidente da República nos assuntos de natureza pessoal, em regime de atendimento permanente e ininterrupto, em Brasília ou em viagem, receber correspondências e objetos entregues ao presidente da República em cerimônias e viagens e encaminhá-los aos setores competentes, e realizar outras atividades determinadas pelo chefe do gabinete pessoal do presidente da República”, se manifestou Bolsonaro.

 

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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