Em reunião fechada, Bolsonaro fala sobre chances de fugir do Brasil
Ex-presidente Jair Bolsonaro se reuniu com aliados nesta quarta-feira (19/2), um
dia após ser denunciado pela PGR no inquérito do golpe
Em reunião com aliados na manhã da quarta-feira (19/2), o ex-presidente Jair
Bolsonaro (PL) falou sobre a
possibilidade de deixar o Brasil antes de ser condenado pelo STF no inquérito do golpe.
Segundo participantes do encontro, Bolsonaro falou pouco. Em sua rápida
manifestação, ele deixou claro que é inocente e que, se tivesse feito algo, já
teria procurado asilo, por exemplo, na Argentina ou nos Estados Unidos.
O ex-presidente Jair Bolsonaro
Mauro Cid durante depoimento em CPI no Congresso
O general Braga Netto foi preso no âmbito da investigação sobre trama para
impedir que Lula tomasse posse
Anderson Torres foi indiciado pela PF
Alexandre Ramagem
Almirante Almir Garnier, chefe da Marinha sob Bolsonaro, foi indiciado pela PF
Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira
O general Augusto Heleno, ministro-chefe do GSI no governo Bolsonaro
Bolsonaro, entretanto, prometeu não fugir do Brasil. Ele disse que continuará
defendendo sua inocência no STF, ciente de que sempre “jogou dentro das quatro
linhas”, apesar de isso ter “desagradado” a alguns aliados.
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Para bolsonaristas, a denúncia contra Bolsonaro seria um “jogo de cartas
marcadas”, independentemente da defesa. A aposta é de que a Primeira Turma do
STF, onde o inquérito será julgado, deverá condenar o ex-presidente.
BOLSONARO FAZ PEDIDO A ALIADOS
Na reunião, Bolsonaro também fez alguns pedidos aos aliados. O primeiro deles
foi para que concentrem suas presenças na manifestação do dia 16 de março no Rio
de Janeiro, e não em outras cidades.
O outro pedido foi para deixar o “fora Lula” para outra ocasião. O objetivo é
que os discursos nos trios elétricos na orla de Copacabana se concentrem no
projeto de anistia aos envolvidos no 8/1.
A REUNIÃO DE BOLSONARO
A reunião de Bolsonaro com aliados ocorreu no apartamento funcional do líder da
oposição na Câmara, deputado Zucco (PL-RS), em Brasília, e contou com a presença
de diversos parlamentares.
O encontro ocorreu um dia após a Procuradoria-Geral da República (PGR) enviar ao
STF a denúncia contra o ex-presidente da República e outras 33 pessoas no
inquérito do golpe.
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