Bolsonaro faz ‘piada’ com desabamento em São Paulo: ‘‘É a transposição do Tietê’

Desabamento

O presidente Jair Bolsonaro (PL) fez uma ”piada” com o desabamento na Marginal Tietê, em São Paulo (SP), ao lado do Metrô. O acidente abriu uma cratera e bloqueou a via.

Em contato com militares no cercadinho do Palácio da Alvorada, nesta quarta-feira (2), o mandatório comparou o acidente com a transposição do Rio São Francisco. Também disse que visitou a cidade paulista de Francisco Morato, uma das mais castigadas pelas chuvas em São Paulo nos últimos dias.

Ao todo, foram reportadas 27 mortes no Estado provocadas pelos temporais.

“Estivemos ontem em Francisco Morato, vendo ali o estrago da chuva e também, junto aos prefeitos, mostrando o que nós podemos colaborar com eles para esse momento de dor daquela região, onde mais de 20 pessoas perderam a vida”, disse Bolsonaro.

Na sequência, aos risos, emendou: ”Semana que vem a gente conclui a transposição do São Francisco. Em São Paulo, eu vi a transposição do Tietê”.

Em sua passagem por Francisco Morato, o presidente desfilou em carro aberto, em tom de campanha. Alguns apoiadores seguiram o veículo, mas o presidente também ouviu gritos de apoio a Lula (PT)

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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