Bolsonaro, Malafaia e Allan dos Santos viram chacota em projeção nos EUA

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Uma série de projeções em um prédio nos Estados Unidos comparam representantes da direita brasileira a “ratos da Flórida”. Imagens de Carlos Bolsonaro, Silas Malafaia e Allan dos Santos ganharam orelhas semelhantes às do personagem Mickey. A cena foi vista pelas pessoas que percorriam uma das avenidas mais movimentadas de Nova Iorque.

 

Além deles, o ex-vice-presidente Hamilton Mourão, o ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, e o ex-ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, também apareceram na projeção. O grupo está ou passou pela Flórida, uma dos estados com a maior concentração de brasileiros em solo norte-americano. O ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, está desde 30 de dezembro do ano passado na casa do lutador de MMA, José Aldo. 

 

Na sequência de montagens, Bolsonaro surge algemado e vestido com roupas listradas remetendo a de um presidiário. Ele é comparado ao também ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Um texto em inglês aparece pedindo a prisão de ambos e citando que fariam parte de uma família do crime. O empresário e ex-apresentador de “O Aprendiz” aparece segurando uma placa escrito “Perdedor”.

 

A associação com Trump está relacionada à afinidade política entre os governo brasileiro e dos Estados Unidos e ainda com a semelhança da invasão às sedes dos Três Poderes com a invasão de eleitores da extrema direita de Trump ao Capitólio, a sede do Poder Legislativo nos Estados Unidos ao Congresso Nacional brasileiro. Os apoiadores do empresário não reconheciam a eleição de Joe Biden e alegavam fraude na votação, que ocorreu em 2021.

 

A Flórida é o mesmo estado para onde viajou o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres. Ele teve a prisão determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e foi preso ao desembarcar no Brasil ainda no aeroporto.

 

Assista ao vídeo: 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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