Bolsonaro manda mulher pra cadeia por ser xingado de “Noivinha do Aristides”

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Uma mulher de 40 anos foi presa pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), neste sábado (27), após xingar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em uma rodovia do Rio de Janeiro. A mulher teria o chamado de ”noivinha do Aristides”.

A prisão aconteceu enquanto Bolsonaro estava em Resende, no Rio de Janeiro, para participar de um evento na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman). O presidente aproveitou a ocasião para ir até a margem da Via Dutra e acenar para motoristas e cumprimentar policiais.

A mulher, que passava de carro pelo local no momento, viu a cena e proferiu xingamentos contra Bolsonaro. Momentos depois, o carro onde ela estava foi abordado pela PRF e a mulher detida por injúria contra o presidente da República.

O que teria causado a prisão não foi os xingamentos proferidos contra o presidente, e sim o fato dela o chamar de ”noivinha do Aristides”.

Aristides é um sargento e instrutor de judô na AMAN no tempo em que Bolsonaro foi cadete. A frase chegou a bombar nas redes sociais, que curtiram a ”ofensa” e chegaram a querer montar um bloco de carnaval com o nome.

Em nota, a PRF informou que o termo foi lavrado circunstanciado pelo crime de injúria. A mulher foi liberada após assumir o compromisso de comparecer em juízo, como determina a lei.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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