Veja as reações de Bolsonaro durante a análise da denúncia no STF
O ex-presidente permaneceu todo o tempo dentro da sala da Primeira Turma do STF. Bolsonaro manteve a serenidade e voltará ao Supremo na quarta-feira.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acompanhou todo o primeiro dia do julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) na sala da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, em Brasília.
Sentado em frente ao ministro Cristiano Zanin, presidente da Turma, Bolsonaro manteve-se tranquilo durante toda a sessão, frequentemente conferindo o telefone celular.
Bolsonaro acompanhou atentamente as manifestações de todos os ministros. Em diversos momentos, evitou olhar para o relator do processo, Alexandre de Moraes, especialmente enquanto o ministro do STF analisava as supostas ilegalidades apontadas pela defesa do ex-presidente e do general Braga Netto, preso desde dezembro do ano passado.
Bolsonaro focou sua atenção em Moraes apenas durante as últimas votações do dia, sobretudo quando o ministro rejeitou argumentos da defesa sobre supostas irregularidades na delação do ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid.
Quando Moraes afirmou que a colaboração de Cid com a Polícia Federal (PF) não teve ilegalidades, pois foi firmada de forma voluntária, Bolsonaro cochichou com seus advogados.
O ex-presidente manteve a seriedade durante toda a sessão e não riu em momentos de descontração entre os ministros, especialmente durante as brincadeiras trocadas entre Flávio Dino e Cármen Lúcia.
Bolsonaro optou por não falar com a imprensa, tanto na entrada quanto na saída do evento. O ex-chefe do Palácio do Planalto retornará na continuação do julgamento da denúncia, nesta quarta-feira.
DENÚNCIA DA PGR
Apesar da análise da denúncia da PGR, ainda não se trata do julgamento de mérito da questão. Os ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Alexandre de Moraes e Flávio Dino não vão dizer se os acusados são culpados ou se devem ser presos.
Trata-se do recebimento ou não da denúncia. É uma avaliação preliminar sobre o caso, quando os ministros dizem se há indícios mínimos na investigação.
Se o colegiado entender que sim, existem indícios, será aceita a denúncia. Assim, os acusados pela PGR viram réus e será aberta ação penal contra eles. A partir disso, começa a instrução do caso, com depoimentos dos réus e das testemunhas. Somente depois de toda a instrução, ocorre o julgamento dos fatos.