Bolsonaro não planejou golpe de Estado, diz ex-ministro em depoimento ao STF

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O ex-presidente Bolsonaro não demonstrou intenção golpista e estava “triste e resignado” após a derrota nas eleições de 2022, conforme afirmou Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo e ex-ministro da Infraestrutura do governo. Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), Tarcísio ressaltou que nunca teve conhecimento de planos golpistas por parte de Bolsonaro durante o período em que esteve próximo do presidente.

A 1ª Turma do STF ouve testemunhas indicadas exclusivamente pela defesa de Bolsonaro no processo que investiga uma suposta tentativa de golpe de estado. Algumas testemunhas já foram ouvidas, incluindo comandantes das Forças Armadas e o ex-vice-presidente Hamilton Mourão. Nesta sexta, está previsto o depoimento do senador Ciro Nogueira, chefe da Casa Civil de Bolsonaro, além do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

O ex-comandante da Aeronáutica confirmou em seu depoimento ao STF que Bolsonaro participou de um suposto plano de golpe de Estado. A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou ao STF uma denúncia contra Bolsonaro e mais 33 pessoas por golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. A denúncia destaca que Bolsonaro e seu então candidato a vice-presidente, Braga Netto, lideravam a organização acusada de tentar interferir no resultado das eleições de 2022.

Os acusados foram divididos em núcleos pela PGR, que apontou a atuação coordenada de civis e militares para impedir a concretização do resultado eleitoral. Com Bolsonaro sendo o primeiro ex-presidente a se tornar réu por crimes contra a democracia, o caso gera repercussão e incertezas sobre os desdobramentos futuros. A postura do ex-presidente, sua equipe e aliados políticos revela uma polarização e tensão que permeiam a cena política brasileira. A investigação e o processo judicial devem trazer à tona mais detalhes e esclarecimentos sobre o caso, enquanto a sociedade aguarda por respostas e justiça. Além disso, a oposição e setores críticos ao governo monitoram de perto o desenrolar dos acontecimentos.

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