O presidente Jair Bolsonaro nomeou o senador Ciro Nogueira (PP-PI) como ministro chefe da Casa Civil. O ato foi publicado na edição desta quarta-feira (28) do “Diário Oficial da União”.
A mudança faz parte de uma minirreforma ministerial da gestão Bolsonaro, que inclui a recriação do Ministério do Trabalho e Previdência e alterações na Secretaria-Geral da presidência.
O cargo de ministro da Casa Civil era ocupado por Luiz Eduardo Ramos, que foi nomeado para assumir a Secretaria-Geral da presidência. A pasta era comandada por Onyx Lorenzoni, que foi nomeado para assumir o Ministério do Trabalho e Previdência.
A Casa Civil é um dos mais importantes ministérios da Esplanada e, além de auxiliar na articulação política junto ao Congresso, atua na coordenação de ações do governo com outras pastas.
Segundo informações do G1, o ministro da Casa Civil compõe, junto com o ministro da Economia, a Junta de Execução Orçamentária, responsável por definir questões do Orçamento como: remanejamento de verbas entre os ministérios, créditos suplementares e bloqueios e desbloqueios de verba.
Saiba quem é Ciro Nogueira
Senador, presidente do Progressistas e um dos alvos da Lava Jato, Ciro Nogueira tomará posse nos próximos dias como ministro-chefe da Casa Civil, ampliando a influência do chamado Centrão no governo Jair Bolsonaro (sem partido). O congressista, que em 2017 declarou apoio a Lula e ao PT nas eleições, foi escolhido pelo presidente para chefiar uma das pastas mais importantes no Planalto.
Embora integre oficialmente o governo e seja, hoje, um dos senadores mais fiéis ao Planalto, Nogueira chamou Bolsonaro de “fascista” em 2017 durante entrevista à TV Meio Norte. Também teceu elogios a Lula. “Não me vejo numa eleição votando contra o Lula. Por tudo o que ele fez. Tirou a miséria desse povo, foi decisivo no combate à fome, os programas que ele fez, o maior programa habitacional do mundo”, disse, na ocasião.
Aos 52 anos, Ciro Nogueira está em seu 2º mandato como senador. Antes, foi deputado federal por 4 termos consecutivos, apoiando os governos petistas e de Michel Temer (MDB).