Bolsonaro passa vexame e come pizza na calçada de Nova York

Se preparando para dar um discurso da ONU em Nova York, Jair Bolsonaro passou um vexame ao ser obrigado a comer pizza do lado de fora de um restaurante pois não é vacinado. Além dele, toda a sua comitiva foi convidada a comer na rua pois a cidade não aceita pessoas não vacinadas em lugares fechados.

N imagem do presidente e sua comitiva comendo no meio das ruas de Nova York foi compartilhada pelo ministro do Turismo, Gilson Machado. Ele é um dos que aparece na foto, ao lado de Bolsonaro enquanto come uma pedaço da pizza na calçada. Ao lado deles estão o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga; da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres; da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos; e o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães.

Rigidez nas regras de Nova York

Com a rigidez da cidade e por parte da ONU com os protocolos contra a Covid-19, a participação de Bolsonaro na Assembleia chegou a ser repensada nos últimos dias. No entanto, a organização se pronunciou dizendo que não exigiria comprovante de vacinação de presidentes.

Sigilo de 100 anos

Apesar do sigilo de 100 anos que ele mesmo impôs no Planalto em relação ao cartão de vacinação, o mandatário afirma que não tomou vacina e continua defendendo o uso de medicamentos sem eficácia no tratamento da doença, mesmo com laudos médicos e científicos comprovando que eles não são eficazes em nenhum caso.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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