A equipe médica de Jair Bolsonaro informou que realizará um bloqueio anestésico do nervo frênico antes da cirurgia de hérnia inguinal bilateral a que o ex-presidente será submetido. O procedimento visa reduzir os soluços persistentes enfrentados por Bolsonaro, permitindo a realização da cirurgia. Segundo apuração de Duda Cambraia ao Agora CNN, o tratamento envolverá internação hospitalar e o bloqueio anestésico do nervo frênico, permitindo a realização da cirurgia da hérnia na virilha do ex-presidente.
De acordo com os médicos Cláudio Biroline e Leandra Chenique, exames clínicos, laboratoriais e de imagem confirmaram uma hérnia inguinal bilateral em Bolsonaro, com protrusão de alça intestinal durante manobras. A data da cirurgia, denominada herniorrafia inguinal bilateral, ainda não foi definida. A defesa do ex-presidente está em processo de definição do melhor dia para o procedimento, que será informado ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pela autorização da cirurgia após perícia da Polícia Federal.
Após a autorização do ministro, a equipe médica e a defesa de Bolsonaro estão alinhando a data da cirurgia. A logística do procedimento cirúrgico será informada posteriormente. Vale ressaltar que o pedido de prisão domiciliar durante a recuperação foi negado por Moraes. Após a cirurgia e a internação, Bolsonaro deverá retornar à Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde está detido desde novembro.
A distância entre o local de detenção e o hospital onde a cirurgia será realizada é de 1,3 km. A definição da data da cirurgia será enviada ao STF, sendo que a Procuradoria-Geral da República terá 24 horas para dar seu parecer. Médicos e advogados trabalham para chegar a um consenso sobre a melhor data para o procedimento, o qual deve ocorrer a qualquer momento.