Bolsonaro pede que parlamentares desistam de emendas

Integrantes do Palácio do Planalto estão tentando convencer deputados e senadores da base aliada a desistir de algumas emendas parlamentares para conseguir fazer algumas adequações necessárias ao Orçamento de 2021.

Segundo técnicos do Tesouro Nacional, a peça orçamentária demanda hoje um corte de aproximadamente R$ 36 bilhões para que o governo federal consiga custear os gastos públicos obrigatórios.

Além disso, as manobras fiscais instituídas no Orçamento deste ano preocupam membros da equipe econômica, já que o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União alegou que os artifícios contábeis podem ser configurados como crime de responsabilidade.

A ideia do governo é que os próprios parlamentares indiquem emendas “não essenciais” para que o presidente Jair Bolsonaro possa vetá-las em comum acordo com o Congresso Nacional. A intenção de membros do governo é resolver esse imbróglio até a próxima sexta-feira. A solução do Palácio, porém, não foi bem digerida por líderes partidários.

Na semana passada, o relator-geral da peça orçamentária, senador Marcio Bittar (MDB-AC), enviou um ofício ao Palácio do Planalto informando a decisão de cancelar R$ 10 bilhões em emendas parlamentares ao texto. O Planalto, porém, acredita que podem ser feitos outros cortes já que dentro do orçamento foram destinados R$ 9,7 bilhões em emendas individuais, R$ 7,3 bilhões em emendas de bancadas e R$ 1,44 bilhão de emendas de comissão.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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