Bolsonaro pede que parlamentares desistam de emendas

Integrantes do Palácio do Planalto estão tentando convencer deputados e senadores da base aliada a desistir de algumas emendas parlamentares para conseguir fazer algumas adequações necessárias ao Orçamento de 2021.

Segundo técnicos do Tesouro Nacional, a peça orçamentária demanda hoje um corte de aproximadamente R$ 36 bilhões para que o governo federal consiga custear os gastos públicos obrigatórios.

Além disso, as manobras fiscais instituídas no Orçamento deste ano preocupam membros da equipe econômica, já que o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União alegou que os artifícios contábeis podem ser configurados como crime de responsabilidade.

A ideia do governo é que os próprios parlamentares indiquem emendas “não essenciais” para que o presidente Jair Bolsonaro possa vetá-las em comum acordo com o Congresso Nacional. A intenção de membros do governo é resolver esse imbróglio até a próxima sexta-feira. A solução do Palácio, porém, não foi bem digerida por líderes partidários.

Na semana passada, o relator-geral da peça orçamentária, senador Marcio Bittar (MDB-AC), enviou um ofício ao Palácio do Planalto informando a decisão de cancelar R$ 10 bilhões em emendas parlamentares ao texto. O Planalto, porém, acredita que podem ser feitos outros cortes já que dentro do orçamento foram destinados R$ 9,7 bilhões em emendas individuais, R$ 7,3 bilhões em emendas de bancadas e R$ 1,44 bilhão de emendas de comissão.

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Pesquisa aponta que 49% dos brasileiros acreditam em melhorias no país em 2025

Um levantamento realizado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) revelou que 49% dos brasileiros acreditam que o país terá melhorias em 2025. O índice permanece estável em relação à pesquisa de outubro, mas registra uma queda de 10 pontos percentuais comparado a dezembro de 2023, quando o otimismo atingiu 59%.

A percepção de piora aumentou entre os entrevistados: 28% acreditam que o Brasil irá piorar em 2025, uma alta de cinco pontos em relação a outubro (23%) e de 11 pontos frente a dezembro do ano anterior (17%).

O levantamento, divulgado nesta quinta-feira, 26, foi realizado pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) entre os dias 5 e 9 de dezembro, com 2 mil participantes de todas as regiões do país.

Sobre o desempenho do Brasil em 2024, 66% dos entrevistados afirmaram que o país melhorou (40%) ou permaneceu igual (26%) em comparação a 2023. No entanto, essa soma representa uma queda de 13 pontos em relação a dezembro de 2023, quando 79% acreditavam que o cenário havia melhorado (49%) ou permanecido estável (30%).

A percepção de piora em 2024 alcançou 32% em dezembro, marcando um aumento significativo em relação aos 20% registrados no mesmo período do ano anterior.

Para Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Ipespe, os resultados refletem um equilíbrio entre otimismo e cautela. “O ano teve aspectos positivos, como o aumento do emprego, mas foi marcado por fatores adversos, como seca, queimadas e notícias sobre alta da Selic, juros e inflação”, explicou Lavareda.

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