O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu R$ 185.464,76 brutos do Partido Liberal (PL) enquanto esteve em prisão domiciliar, ativo na função dentro do partido. O valor corresponde ao período de agosto a novembro, durante o qual Bolsonaro continuou recebendo salário mensal de R$ 46.366,19 brutos. Mesmo em prisão domiciliar, ele permaneceu como presidente de honra do partido, mantendo suas atividades políticas. Apesar das restrições impostas, o PL continuou efetuando os pagamentos com recursos do Fundo Partidário. As informações sobre os recebimentos estão disponíveis no site do TSE, mostrando transparência na divulgação dos dados. A consulta sobre a legalidade dos pagamentos foi feita pelo presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, sendo respondida pelo advogado Marcelo Bessa, que afirmou não haver ilegalidades. As atividades político-partidárias de Bolsonaro foram mantidas mesmo durante a prisão domiciliar, conforme autorização do ministro Alexandre de Moraes. O PL suspendeu o salário e as atividades partidárias de Bolsonaro depois que ele começou a cumprir sua pena de 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe, conforme determinação do STF. A decisão veio após a condenação de Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal. Com o trânsito em julgado da ação penal, Bolsonaro passou a cumprir a pena na Superintendência Regional da Polícia Federal, no DF. O PL lamentou a suspensão das atividades partidárias de Bolsonaro, seguindo o que determina a lei. Com a suspensão, Bolsonaro acumularia três remunerações, incluindo aposentadorias, que somam R$ 100 mil por mês, mas a remuneração do partido foi suspensa.