Bolsonaro reduz para R$ 1.067 proposta de salário mínimo

O presidente Jair Bolsonaro, encaminhou ao Congresso Nacional uma proposta de salário mínimo de R$ 1.067 em 2021. Este é o segundo ano consecutivo que o salário não possui aumento. A projeção faz parte  do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA);.

O aumento é de  R$ 22, em relação ao atual salário, R$ 1.045. Este valor deve repor a inflação de 2,09% projetada para 2020, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Assim o salário está há dois anos sem aumento.

O salário mínimo apresente pelo presidente para 2021 é R$ 12 menor que a apresentada no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO). Na proposta enviada ao Congresso, em 15 de abril, o governo estimou que o piso em 2021 seria de R$ 1.079, devido a projeção do INPC á época ser de 3,29%.

Dois anos sem aumento do salário mínimo 

Entre 2007 e 2019, dentro da política de valorização do salário minimo das gestões petistas, era garantido por lei um aumento do salário mínimo acima da inflação, sempre que houvesse crescimento econômico. 

Esse fórmula calcula a inflação do ano anterior, medida pelo INPC, mais o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores. 

A fórmula perdeu a validade ano passado e a gestão do Bolsonaro decidiu não substituí-la por outra política de salário mínimo. O governo está ajustando seguindo a constituição, levando apenas em relação a inflação.

Previsão do PIB 

Devido a proposta de Orçamento, a crescimento econômico para 2021 foi reduzida de 3,3% para 3,2%. Foi reduzida também a estimativa para a inflação oficial de 2021, e 3,65% para 3,24%.  A Medida foi realizada  pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). 

Devido a impacto da pandemia do novo coronavírus, o governo  tem a expectativa de queda de 4,7% no PIB. Em projeção mais otimista o recuo é de 5,28%.

Rombo nas contas públicas 

De abril até agora subiu a previsão de rombos nas contas públicas em 2021. A projeção de de 149,61 bilhões passou para R$ 233,6 bilhões. 

2021 será oitava ano consecutivo de déficit primário para o país. A perspectiva da receita líquida de 2021 é R$ 1,283 trilhão, queda de R$ 97,3 bilhões em relação ao cálculo de abril.

A perspectiva é de déficit em 2021, para o setor público consolidado, que inclui o governo federal, estatais e estados e municípios, é R$ 237,3 bilhões.

Congresso precisa aprovar R$ 453,7 bilhões

No próximo ano o teto de gastos é de R$ 1,485 trilhão, calculado com base no teto de 2020, corrigido em junho deste ano devido a inflação nos 12 meses. 

Segundo o projeto, vão faltar R$ 453,715 bilhões para o pagamento de benefícios da Previdência, gastos com pessoal, complementações da União ao Fundeb, entre outros. O dinheiro será liberado mediante a aprovação do Congresso em relação à um crédito suplementar.

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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