Bolsonaro sanciona lei que afasta grávidas do trabalho

O presidente Jair Bolsonaro sancionou projeto de lei que determina o afastamento de atividades presenciais de funcionárias grávidas durante a pandemia, sem ter nenhum prejuízo na remuneração. A sanção foi publicada nesta quinta-feira (13) através do ”Diário da União”.

A proposta havia sido aprovada pelo Senado no dia 15 de abril, após ter sido aprovada pela Câmara dos Deputados em agosto  do ano passado. A medida tem como objetivo reduzir os riscos de contaminação pela Covid-19 de gestantes e entra em vigor imediatamente.

De acordo com a proposta, a gestante afastada ficará à disposição para exercer atividades necessárias de casa, por meio de teletrabalho, trabalho remoto e outra forma de trabalho à distância.

Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, a letalidade do coronavírus em mulheres grávidas avançou neste ano. Em menos de três meses de 2021, o Covid-19 matou quase metade do total de gestantes vítimas da doença no primeiro ano da pandemia. Entre 3 de Janeiro e 20 de março deste ano, 119 grávidas morreram por conta da Covid no país, 47% das 252 gestantes que morreram em 2020.

Vacinas

No final de abril, o Ministério da Saúde decidiu incluir todas as gestantes e puérperas (de até 45 dias pós-parto) no grupo prioritário de vacinação contra a Covid-19. As vacinas estão restritas a gestantes com comorbidades e devem ser aplicadas apenas vacinas CoronaVac e Pfizer. A determinação das vacinas valem até a conclusão das análises de um caso raro de morte acontecido com uma gestante de 35 anos após um acidente vascular cerebral hemorrágico (AVC) que pode ter ligação com o uso da vacina AstraZeneca.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp