Bolsonaro se afasta de briga entre Nunes e Marçal após agressão

A campanha eleitoral para a prefeitura de São Paulo tem sido marcada por tensões e conflitos entre os candidatos, especialmente entre Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB). Um incidente recente durante um debate na TV Cultura escalou a situação, levando Jair Bolsonaro a se manter afastado do conflito. Os dois candidatos são bolsonaristas declarados publicamente.

Jair Bolsonaro, que tem sido uma figura influente na política brasileira, optou por manter distância do conflito entre Nunes e Marçal. Na manhã desta terça-feira, 24, Bolsonaro foi visto tomando café em Alexânia, no interior de Goiás, rodeado de apoiadores. O encontro foi compartilhado nas redes sociais, mas a situação entre Marçal e Nunes são foi comentada pelo ex-presidente, sinalizando sua decisão de não se envolver diretamente na disputa.

Nos comentários da publicação, apoiadores de Marçal cobraram pelo posicionamento do político e afirmaram estar decepcionados com o silêncio do ex-presidente.

Marçal x Nunes

Durante um debate transmitido pela TV Cultura, um assessor de Pablo Marçal avançou sobre adversários, gerando uma cena de agressão que chamou a atenção de todos os envolvidos na campanha.

O vídeo do incidente, divulgado por Nunes, mostra o momento em que o assessor de Marçal se envolve em uma briga com membros da equipe de Nunes. Essa ação exacerbou as tensões já existentes entre os dois candidatos.

Ricardo Nunes foi rápido em reagir ao incidente, divulgando o vídeo da agressão e criticando a atitude do assessor de Marçal. Nunes destacou a gravidade do incidente e a necessidade de manter a tranquilidade e o respeito durante a campanha.

Por outro lado, Pablo Marçal ainda não se pronunciou publicamente sobre o incidente de forma detalhada, mas é esperado que ele aborde o assunto em breve.

Em nota, o Partido Liberal (PL) lamentou o ocorrido e classificou a agressão como um ato “covarde” e “absolutamente inaceitável”. “Repudiamos veementemente qualquer forma de violência, especialmente em um ambiente democrático, onde o diálogo e o respeito devem prevalecer”, diz o comunicado.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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