Bolsonaro se solidariza com podcast antivacina de Rogan: ”Mantenha-se firme”

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Bolsonaro se solidariza com podcast antivacina de Rogan: ”Mantenha-se firme”

O presidente Jair Bolsonaro (PL) resolveu sair em defesa de Joe Rogan, dono de um podcast antivacina do Spotify, famoso por compartilhar informações falsas sobras as vacinas contra a Covid-19.

Nesta quarta-feira (2), Bolsonaro usou às redes sociais para se solidarizar, em inglês, com Rogan, que tem sido alvo de críticas por conta de seus posicionamentos negacionistas e disseminação de fake news.

“Não tenho certeza do que Joe Rogan pensa sobrem mim ou meu governo, mas não importa. Se liberdade de expressão significa alguma coisa, é que as pessoas devem ser livres para dizer o que pensam, não importa se concordam ou discordam de nós. Mantenha-se firme. Abraços do Brasil”, postou o presidente.

Podcast antivacina e músicas retiradas do Spotify

Em dezembro de 2021, um grupo de médicos e profissionais escreveu uma carta para a plataforma Spotify com a intenção de mitigar a disseminação de desinformação no programa The Joe Rogan Experience, exclusivo de Rogan para a plataforma.

Após protestos contra o podcast, músicos chegaram a retirar suas músicas da plataforma. Neil Young foi o primeiro a tomar a medida drástica e pediu que suas canções fosse retiradas do streaming de música. Por meio de carta aberta, Neil condenou as atitudes de Rogan e pediu que o podcast fosse excluído da plataforma.

“Estou fazendo isso porque o Spotify está espalhando informações falsas sobre vacinas. Potencialmente causando morte aos que acreditam na desinformação que está sendo espalhada por eles. Eles podem ter Rogan ou Young. Não os dois”, afirmou o cantor, no último dia 26.

Um porta-voz da plataforma de streaming falou sobre a decisão do cantor ao The Hollywood Reporter: “Nós temos políticas de conteúdo detalhadas em posição e removemos mais de 20 mil episódios de podcasts relacionados à Covid desde o início da pandemia. Nós lamentamos a decisão de Neil em remover sua música da plataforma, mas esperamos que ele retorne logo”, lamentou o porta-voz.

Depois de toda a confusão, o Spotify divulgou que vai passar por algumas mudanças nos próximos dias para combater a desinformação sobre a Covid-19.

A plataforma mais conhecida de streaming musical anunciou que todos seus podcasts que mencionarem covid-19 terão links acompanhados de informações verificadas sobre o vírus.

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PF investiga general ligado ao governo Bolsonaro por imprimir plano para matar Moraes, Lula e Alckmin no Planalto

A Polícia Federal (PF) revelou que o general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência e ex-ministro interino do governo Bolsonaro, teria impresso no Palácio do Planalto um “plano operacional” para assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin. Denominado “Punhal Verde e Amarelo”, o plano de três páginas foi encontrado no gabinete da Secretaria-Geral. Fernandes foi preso na manhã desta terça-feira (19).

De acordo com a PF, o documento, salvo sob o título “Plj.docx” (referência à palavra “planejamento”), detalhava a execução do plano. Além disso, outros arquivos sensíveis, como “Fox_2017”, “Ranger_2014” e “BMW_2019”, foram localizados na pasta “ZZZZ_Em Andamento”, que a polícia interpretou como um indício de que as ações estavam em fase ativa. Curiosamente, os nomes dos arquivos remetiam a veículos pessoais do general, segundo o relatório policial.

A defesa de Mário Fernandes ainda não se pronunciou sobre o caso.

Operação e alvos

A operação desta terça-feira prendeu quatro militares e um policial federal, todos investigados por ligação com um suposto grupo denominado “Kids Pretos”, formado por integrantes das Forças Especiais. O grupo é acusado de planejar o assassinato de lideranças políticas após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Ao todo, a operação cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e determinou 15 medidas cautelares, incluindo a entrega de passaportes e a suspensão de funções públicas dos envolvidos. Entre os alvos estão Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, além do policial federal Wladimir Matos Soares.

A investigação faz parte de um inquérito mais amplo que apura possíveis tentativas de golpe de Estado relacionadas à eleição de 2022.

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