O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro foi diagnosticado com duas hérnias inguinais e precisará passar por uma cirurgia, conforme afirmou um dos advogados de sua defesa, João Henrique de Freitas. O diagnóstico foi feito através de uma ecografia realizada por médicos com um equipamento portátil de ultrassom na sede da Polícia Federal, onde Bolsonaro está aprisionado. Os profissionais de saúde recomendaram a cirurgia como o tratamento definitivo para resolver o quadro médico dele. A solicitação da defesa para a internação de Bolsonaro em um hospital com esse propósito foi negada pelo magistrado do Supremo Tribunal Federal e relator do caso, Alexandre de Moraes. Ele determinou novos exames para avaliar a real necessidade da cirurgia.
A equipe médica que atende o ex-presidente já havia afirmado anteriormente sobre a necessidade da operação, devido aos exames anteriores que comprovaram o diagnóstico das hérnias. A defesa alegou que a situação de saúde de Bolsonaro exigia a realização da cirurgia com urgência, mas a decisão do magistrado foi fundamentada na falta de um diagnóstico recente que justificasse a intervenção imediata. Além das hérnias inguinais, Bolsonaro enfrenta problemas de saúde como crises esporádicas de soluços, um câncer de pele incipiente e sequelas de cirurgias anteriores na região abdominal, decorrentes do atentado que sofreu em 2018 durante a campanha eleitoral.
Desde sua detenção em novembro, Bolsonaro tem recebido acompanhamento médico na sede da Polícia Federal, onde cumpre pena. A defesa e a família do ex-presidente têm solicitado prisão domiciliar humanitária devido às condições de saúde dele. A decisão de realizar ou não a cirurgia será baseada nos novos exames solicitados pelo magistrado, que determinou a Polícia Federal a realizar a avaliação médica complementar. Neste contexto, a saúde de Bolsonaro torna-se um tema sensível que envolve questões jurídicas e humanitárias.