Bolsonaro usa vídeo de acupunturista de árvore para ”provar” fraude em urnas

Bolsonaro usa vídeo de acupunturista de árvore para ”provar” fraude em urnas

Na sua live semanal, Bolsonaro votou a citar novamente a fraude em sistema de votação eletrônica. Nesta quinta-feira (29), o presidente uso alguns ”indícios” que mostrariam está correto suas acusações. Entre eles, um vídeo em que um astrólogo chamado Alexandre Chut, que diz fazer acupuntura em árvores, denuncia fraude nas eleições de 2014, durante a disputa do segundo turno entre Dilma Rouseff (PT) e Aécio Neves (PSDB).

De acordo com o jornalista Patrícia Campos Mellho, da Folha de S. Paulo, Chut se apresenta como acupunturista, psicólogo e ambientalista e aparece em vídeo de 2018 de Naomi Yamaguchi, suplente de deputada federal e irmã de Nise Yamaguchi, médica bolsonarista e defensora da cloroquina.

Segundo a reportagem, mesmo que vídeo faça denúncia sobre contagem de votos nas eleições, Chut se dedica a atividades pouco relacionadas com a ciência política ou a estatística.

Prova das fraudes

O nome do vídeo com Chut é ”Prova das fraudes nas urnas! Exclusivo e Urgente” e foi postado na página de Naomi Yamaguchi em 2018. Ela parece conversando com um homem, não mostrado nas imagens, que explica o que seriam fortes indícios de fraude no pleito de 2014.

O entrevistado por Yamaguchi diz ter encontrado um padrão nos dados divulgados que indicam fraudes, pois tal padrão só poderia ser possível por meio do uso de um algoritmo. A veracidade das alegações foi desmentida por diversos especialistas.

Mesmo usando o vídeo, Bolsonaro acabou reconhecendo em sua live que não há provas para embasar as acusações de fraude eleitoral. O presidente afirmou que “não tem como se comprovar que as eleições não foram ou foram fraudadas”.

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PF investiga general ligado ao governo Bolsonaro por imprimir plano para matar Moraes, Lula e Alckmin no Planalto

A Polícia Federal (PF) revelou que o general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência e ex-ministro interino do governo Bolsonaro, teria impresso no Palácio do Planalto um “plano operacional” para assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin. Denominado “Punhal Verde e Amarelo”, o plano de três páginas foi encontrado no gabinete da Secretaria-Geral. Fernandes foi preso na manhã desta terça-feira (19).

De acordo com a PF, o documento, salvo sob o título “Plj.docx” (referência à palavra “planejamento”), detalhava a execução do plano. Além disso, outros arquivos sensíveis, como “Fox_2017”, “Ranger_2014” e “BMW_2019”, foram localizados na pasta “ZZZZ_Em Andamento”, que a polícia interpretou como um indício de que as ações estavam em fase ativa. Curiosamente, os nomes dos arquivos remetiam a veículos pessoais do general, segundo o relatório policial.

A defesa de Mário Fernandes ainda não se pronunciou sobre o caso.

Operação e alvos

A operação desta terça-feira prendeu quatro militares e um policial federal, todos investigados por ligação com um suposto grupo denominado “Kids Pretos”, formado por integrantes das Forças Especiais. O grupo é acusado de planejar o assassinato de lideranças políticas após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Ao todo, a operação cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e determinou 15 medidas cautelares, incluindo a entrega de passaportes e a suspensão de funções públicas dos envolvidos. Entre os alvos estão Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, além do policial federal Wladimir Matos Soares.

A investigação faz parte de um inquérito mais amplo que apura possíveis tentativas de golpe de Estado relacionadas à eleição de 2022.

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