Bolsonaro volta a defender gasto com as Forças Armadas para defender a Amazônia

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) falou em live sobre a necessidade de proteger a região da Amazônia e defendeu os gastos com o uso das Forças Armadas. 

“Sabemos que alguns países do mundo tem interesse na Amazônia e temos que dissuadi-los disso. Como faz isso? Tendo umas Forças Armadas preparadas. Mas as Forças Armadas foram sucateadas nos últimos 20 anos, parece que a intenção era humilhar os militares para que o projeto socialista pudesse ser mais fácil implementado no futuro”, disse ele, durante live semanal realizada nas redes sociais.

Bolsonaro comentou sobre a afirmação do candidato a presidente dos EUA, Joe Biden, que prometeu doar US$ 20 bilhões (R$ 112 bilhões, na cotação atual) para proteger a Amazônia, durante debate presidencial com o atual presidente, e candidato a reeleição, o republicano Donald Trump. 

“Num dado momento, o Biden disse que ia conseguir junto ao Mundo US$ 20 bilhões para dar para gente para acabar com incêndio na Amazônia, ou iria impor sanções econômicas para nós”, disse.

“A gente lamenta porque depois de anos de uma certa animosidade de um trabalho do Itamaraty, o pessoal de esquerda sempre acusando os EUA de problemas internos aqui no Brasil, nós restabelecemos essa diplomacia em sua plenitude, com Trump. Logicamente a pandemia atrasou outros projetos que tínhamos com o governo americano aqui no Brasil. Também tivemos, além da pandemia, as eleições nos EUA”, acrescentou.

Foto: Agência Brasil

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PGR se opõe à soltura de Braga Netto

Na sexta-feira, 20, a Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou um parecer ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a soltura do general Braga Netto, preso na semana passada no Rio de Janeiro. A prisão ocorreu no âmbito das investigações do inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado.

A manifestação da PGR foi motivada por um pedido da defesa do general para que a prisão seja substituída por medidas diversas da prisão. Os advogados de Braga Netto alegaram que as acusações de participação na trama golpista durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro tratam de fatos passados e não há contemporaneidade para justificar a prisão preventiva.

Para o procurador-geral, Paulo Gonet, as razões que fundamentaram a prisão do general permanecem válidas. Gonet argumentou que medidas cautelares não são suficientes para garantir a ordem pública, a conveniência da instrução criminal e para assegurar a aplicação da lei penal. “As tentativas do investigado de embaraçar a investigação em curso denotam a imprescindibilidade da medida extrema, dado que somente a segregação do agravante poderá garantir a cessação da prática de obstrução”, justificou o procurador.

O procurador destacou que o quadro fático denota risco de continuidade delitiva por parte do investigado, o que traz à espécie o elemento de contemporaneidade. Essa justificativa reforça a necessidade da prisão preventiva para evitar qualquer obstrução às investigações.

Detalhes da prisão

No sábado, 14, Braga Netto foi preso por determinação do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito do golpe, que tramita na Corte. As investigações da Polícia Federal indicam que o general da reserva e vice na chapa de Bolsonaro em 2022 estaria obstruindo a investigação sobre a tentativa de golpe de Estado no país para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.

A Polícia Federal identificou que o general, indiciado por ser um dos principais articuladores do plano golpista, tentou obter dados sigilosos da delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Após a prisão, a defesa de Braga Netto negou que ele tenha obstruído as investigações.

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