Bolsonaro volta a defender gasto com as Forças Armadas para defender a Amazônia

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) falou em live sobre a necessidade de proteger a região da Amazônia e defendeu os gastos com o uso das Forças Armadas. 

“Sabemos que alguns países do mundo tem interesse na Amazônia e temos que dissuadi-los disso. Como faz isso? Tendo umas Forças Armadas preparadas. Mas as Forças Armadas foram sucateadas nos últimos 20 anos, parece que a intenção era humilhar os militares para que o projeto socialista pudesse ser mais fácil implementado no futuro”, disse ele, durante live semanal realizada nas redes sociais.

Bolsonaro comentou sobre a afirmação do candidato a presidente dos EUA, Joe Biden, que prometeu doar US$ 20 bilhões (R$ 112 bilhões, na cotação atual) para proteger a Amazônia, durante debate presidencial com o atual presidente, e candidato a reeleição, o republicano Donald Trump. 

“Num dado momento, o Biden disse que ia conseguir junto ao Mundo US$ 20 bilhões para dar para gente para acabar com incêndio na Amazônia, ou iria impor sanções econômicas para nós”, disse.

“A gente lamenta porque depois de anos de uma certa animosidade de um trabalho do Itamaraty, o pessoal de esquerda sempre acusando os EUA de problemas internos aqui no Brasil, nós restabelecemos essa diplomacia em sua plenitude, com Trump. Logicamente a pandemia atrasou outros projetos que tínhamos com o governo americano aqui no Brasil. Também tivemos, além da pandemia, as eleições nos EUA”, acrescentou.

Foto: Agência Brasil

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STF nega recurso de Bolsonaro para tirar Moraes do inquérito do golpe

Por 9 votos a 1, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitaram nesta sexta-feira, 13, o recurso no qual o ex-presidente Jair Bolsonaro pretende afastar o ministro Alexandre de Moraes da relatoria do inquérito do golpe.

A defesa do ex-presidente recorreu ao plenário da Corte para derrubar a decisão individual do presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, que, em fevereiro deste ano, negou pedido feito pela defesa do ex-presidente para que Moraes seja impedido de atuar no processo.

A defesa de Bolsonaro sustenta que Alexandre de Moraes figura como vítima nas investigações. Segundo os advogados, pelas regras do Código de Processo Penal (CPP), o juiz não pode atuar no processo em que ele próprio for parte ou diretamente interessado.

Prevaleceu no julgamento virtual o voto de Barroso, relator do caso, que foi seguido pelos ministros Flávio Dino, Edson Fachin, Gilmar Mendes, Cristiano Zanin, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Nunes Marques.

De acordo com o entendimento de Barroso, Alexandre de Moraes não configura como vítima nas investigações do golpe.

“A simples alegação de que o ministro Alexandre de Moraes seria vítima dos delitos em apuração não conduz ao automático impedimento de sua excelência para a relatoria da causa, até mesmo porque os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e de tentativa de golpe de estado têm como sujeito passivo toda a coletividade, e não uma vítima individualizada”, justificou o presidente.

André Mendonça

O ministro André Mendonça proferiu o único voto a favor do impedimento de Moraes. Para o ministro, Moraes está na condição de vítima e não pode continuar no comando do inquérito.

“Ao constatar que o eminente ministro arguido sofreria, direta e imediatamente, consequências graves e tangíveis, como prisão – ou até mesmo morte –, se os relatados intentos dos investigados fossem levados a cabo, parece-me presente a condição de diretamente interessado”, justificou Mendonça.

No mês passado, Bolsonaro e mais 36 aliados foram indiciados pela Polícia Federal (PF) pela tentativa de golpe. De acordo com as investigações, Bolsonaro tinha conhecimento do plano para matar Alexandre de Moraes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente, Geraldo Alckmin.

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