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Bombardeio atinge hospital e deixa centenas de mortos em Gaza

Última atualização 17/10/2023 | 16:57

Um bombardeio israelense no hospital Ahli Arab, na Faixa de Gaza, deixou ao menos 500 pessoas mortas. O ataque aconteceu nesta terça-feira, 17, e a informação foi confirmada pelo Ministério da Saúde administrado pelo Hamas. A quantidade de vítimas fatais foi atualizada pela última vez às 17h30.

Apesar da estimativa de vítimas fatais, ainda não se sabe ao certo quantas pessoas morreram. Inicialmente o Ministério de Gaza informou que eram 200 mortos, mas o porta-voz da instituição Ashraf al-Qidra deu uma entrevista confirmando 500 vítimas. Entretanto, um porta-voz da Defesa Civil afirma que são 300 mortos.

O chefe da Defesa Civil afirmou que as equipes estão sobrecarregadas e, por isso, não estão conseguindo atender às emergências de forma adequada. O hospital atacado estava abrigando civis que não tinham onde dormir e, segundo o Hamas, a maioria dos mortos são pessoas que estavam desabrigadas.

De acordo com o presidente da Autoridade Palestina, grupo adversário do Hamas, Mahmoud Abbas, foi decretado três dias de luto pelo ataque ao hospital e o grupo define o bombardeio como massacre.

As forças de defesa israelense afirmaram que os hospitais não são alvos. “As Forças de Defesa de Israel estão investigando a fonte das explosões, e, como sempre, está priorizando a precisão e a confiabilidade. Nós pedimos a todos que tenham cautela”, disseram.

Israel x Hamas

Os conflitos entre o país israelita e o grupo islâmico da Palestina começaram no último sábado, 7, após Hamas lançar foguetes contra cidades de Israel localizadas na Faixa do Gaza. As invasões ocorreram também entre terra, ar e mar, e foi preciso declarar estado de guerra no país devido aos ataques e sequestros de israelenses, levados como reféns para Gaza.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 123 mil pessoas foram internamente deslocadas dentro da Faixa de Gaza e algumas regiões registraram escassez de alimentos. As últimas informações apontam que ao menos 1.120 pessoas morreram, e outras milhares ficaram feridas.

Os conflitos na região existem há décadas e já resultou em milhares de mortes. A disputa ocorre desde 1948, quando Israel foi reconhecido como um Estado e os Hamas passaram a disputar parte do território na região. Diversos acordos que estabelecem a paz na região tentaram ser realizado, mas nenhum deles teve sucesso.

A maioria das disputas ocorrem na Faixa do Gaza, um território palestino localizando em um estreito pedaço de terra na costa oeste de Israel, na fronteira com o Egito e banhado pelo Mar Mediterrâneo. A região é liderada pelo Hamas desde 2007, sendo marcada pela pobreza e superlotação. São mais de 2 milhões de habitantes morando em um território de 41 km de comprimento e 10 km de largura.